Condutor da Kombi, Bittencourt afirmou não saber como Rosângela caiu do veículo, que estava parado aguardando a abertura do sinal. "Eu nem sei explicar como aconteceu. Estava dirigindo a Kombi, que estava parada no sinaleiro, quando ela levantou e caiu. Não sei como isso aconteceu. Em anos de trabalho foi o nosso primeiro acidente deste tipo. Infelizmente acidentes acontecem", lamenta.
Em seu relatório diário de ocorrências, o Corpo de Bombeiros registrou o acidente às 17h05 daquela terça. Segundo Bittencourt, naquele dia Rosângela chegou para trabalhar às 7h30 e havia encerrado seu expediente por volta das 16h30, como fazia habitualmente. No momento da queda, ela era levada para casa na Kombi, que não pertence à cooperativa e também transportava outros cooperados. "Ela permaneceu todo tempo consciente e conversando, os próprios socorristas disseram que a situação não era grave", afirma. A versão é condizente com o relatório dos bombeiros, onde há a anotação de que Rosângela havia sofrido apenas ferimentos leves.
De acordo com o diretor, a Ecorecin prestou assistência à família de Rosângela. A trabalhadora estava há aproximadamente 20 dias na cooperativa e, ainda conforme Bittencourt, sua situação trabalhista estava regularizada, com carteira assinada e contribuições previdenciárias devidamente recolhidas. "É uma perda muito grande, nos feriu profundamente. Prestamos todo o auxílio à família, ajudamos em tudo que pudemos fazer e continuamos à disposição", diz.
Também procurado pela reportagem do Portal Bonde, o delegado Jaime José de Souza Filho, responsável pela Delegacia de Trânsito, informou que o irmão de Rosângela foi até a 10ª Subdivisão Policial (SDP) no início da tarde de quinta-feira (1º) para comunicar o óbito da trabalhadora e lavrar um boletim de ocorrência (BO). "Vamos instaurar o inquérito aqui na delegacia para apurar as circunstâncias da queda e apontar quais são as responsabilidades do motorista e dos demais ocupantes do veículo. A investigação e a instrução devem ser feitas em até 30 dias, que é o nosso prazo legal", explica. Segundo Souza, o caso poderá até mesmo ser encaminhado à Delegacia de Homicídios caso haja indícios de que Rosângela foi empurrada ou atirada do veículo por alguém.
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