sexta-feira, 5 de maio de 2017

Renato Duque é interrogado por Moro em ação da Lava Jato que envolve Palocci

Renato Duque fala ao juiz Sérgio Moro nesta sexta-feira (5)  (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)O ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque será ouvido pelo juiz Sérgio Moro em uma ação penal da Lava Jato que apura se o ex-ministro Antônio Palocci recebeu propina para atuar a favor da . Duque também é réu no mesmo processo, além de outros 13 investigados.
A audiência está marcada para começar às 14h, na sede da Justiça Federal, em Curitiba. Moro é responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância.
Duque ficou em silêncio durante interrogatório realizado no dia 17 de abril e pediu para ser interrogado novamente pelo juiz. Na ocasião, ele argumentou que, apesar de não ter respondido as perguntas por orientação dos advogados, gostaria de cooperar com a Justiça em tudo o que ele tiver conhecimento.
O ex-diretor já foi condenado em quatro ações da Lava Jato a mais de 50 anos de prisão e é réu em pelo menos outros seis processos decorrentes da operação que estão em andamento na 13ª Vara Federal de Curitiba.
Entre os outros réus nesta ação estão o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, o ex-presidente da Odebrecht S.A. Marcelo Odebrecht, e o casal João Santana e Monica Moura.
O processo
O processo apura se Palocci recebeu propina para atuar em favor do Grupo Odebrecht, entre 2006 e o final de 2013, interferindo em decisões tomadas pelo governo federal. Segundo a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), o ex-ministro também teria participado de conversas sobre a compra de um terreno para a sede do Instituto Lula, que foi feita pela Odebrecht, conforme as denúncias.
A denúncia trata de pagamentos feitos para beneficiar a empresa SeteBrasil, que fechou contratos com a Petrobras para a construção de 21 sondas de perfuração no pré-sal. O caso foi delatado pelo ex-gerente de Serviços da Petrobras, Pedro Barusco.
As investigações mostram que o valor pago pela Odebrecht a título de propina pela intermediação do negócio chegou a R$ 252.586.466,55. Esse valor foi dividido entre as pessoas que aparecem na denúncia. Em troca disso, a empresa firmou contratos que, somados, chegaram a R$ 28 bilhões.

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