terça-feira, 20 de junho de 2017

DADOS POSITIVOS Homicídios de mulheres caem 30,2% no Paraná nos últimos cinco anos

Um levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), órgão vinculado ao Ministério do Planejamento, apontou que o Paraná reduziu em 30,2% a taxa de homicídio de mulheres, de 2010 a 2015. Os dados estão no Atlas da Violência 2017.

Conforme revela o estudo, que analisa as taxas de homicídios no País de 2005 a 2015, no ano de 2010 foram registradas 338 mortes de mulheres no Estado. Cinco anos depois, esse número baixou para 244. A redução da incidência deste tipo de crime contra a população feminina também destaca o Paraná como segundo lugar no ranking nacional – o Estado fica atrás apenas de Alagoas, com diminuição de 33,7%.

"Apoiar e orientar a mulher, oferecendo meios para que ela alcance sua autonomia financeira e psicológica para sair do ciclo de violência, é fundamental para o acompanhamento das vítimas e para prevenir a violência contra elas", destaca a coordenadora de Políticas para as Mulheres da Secretaria da Família e Desenvolvimento Social, Ana Claudia Machado.



A coordenadora reforça que a ampliação e o aprimoramento da rede de atendimento à mulher são essenciais para assegurar a proteção e o apoio que elas precisam. "O Paraná têm adotado medidas importantes, não apenas para melhorar o acompanhamento das vítimas, mas também com ações preventivas, que alcançam as mulheres e suas famílias", diz a coordenadora.

Rede

A rede voltada a esse público conta com sete Centros de Referência de Atendimento à Mulher (Cram) ─ unidades que acolhem as mulheres vítimas de violência e oferecem atendimento psicológico, social e encaminhamentos jurídicos. Existe ainda a Casa da Mulher Brasileira, que concentra os principais serviços especializados de atendimento às mulheres em situação de violência, como juizado especializado, Defensoria Pública e Ministério Público.

O trabalho preventivo é feito nos 566 Centros de Referência em Assistência Social (Cras) do Estado, onde a equipe técnica trabalha para fortalecer os vínculos familiares e comunitários e encaminha para serviços públicos de saúde, educação, trabalho, assistência social.

As famílias nas quais foram identificados um ou mais membros vítimas de violência, ou que tiveram seus direitos ameaçados ou violados, são encaminhadas para um dos 179 Centros de Referência Especializados em Assistência Social (Creas), para receber apoio, orientação e acompanhamento adequado.

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