Aproveitando a crise da tentativa de suborno para que “não polemizasse” numa
provável derrota na Lei da Muralha, o vereador Roberto Fu (PDT) pediu a volta do
projeto de lei 161/2011, que acaba com a lei de 2006, que proíbe a instalação de
supermercados com mais de 1.500 metros quadrados e lojas de material de
construção com mais de 500 metros quadrados, num perímetro que vai da PR-445 ao
sul até a Avenida Henrique Mansano, ao norte. O projeto anti-muralha voltou a
ganhar força com a denúncia de que o empresário Anderson Fernandes foi preso na
última sexta-feira sob a acusação de ter tentado subornar Fu, para que ele
silenciasse diante do resultado da votação.
O texto entra na pauta da sessão de amanhã da Câmara. Para que a matéria tramite, é preciso derrubar o parecer prévio da Comissão de Justiça, que pede a retirada de pauta. Para isso são necessários 10 votos. Se o parecer for derrubado, o projeto será votado em primeira discussão na semana que vem. Só que para aprovar o texto, a conta é um pouco mais difícil: 13 votos. O que mudou é que no ano passado a matéria tinha recebido parecer contrário da Comissão de Justiça e para derrubá-lo, para permitir a tramitação, seriam necessários 13 votos.
Fu disse não ter contado quantos, mas admite ter “angariado alguns votos” a favor da sua proposta. Questionado se a crise envolvendo a tentativa de suborno mudaria votos dentro da Câmara, o pedetista afirmou que a pergunta “é difícil porque o escândalo está aí e vai do voto e da consciência de cada um”.
Se depender de Jacks Dias (PT) o novo escândalo não muda nada: “não muda em nada meu posicionamento, que é de princípio”, declarou o petista.
Foi na gestão do PT que a muralha ganhou as duas versões – a primeira e menor, em 2005 e a segunda, ampliando o perímetro consideravelmente, em 2006, nas mãos do ex-vereador Orlando Bonilha. Dias lembrou que apesar da muralha, a Prefeitura liberou a construção de uma grande loja da Havan na Rua Benjamin Constant, em frente à Supercreche, o que vai provocar grandes problemas de trânsito. “A expectativa é de que em breve muitas lojas serão fechadas, porque essa concorrência é predatória”, completou Dias. Segundo ele, o espírito da muralha é “proteger os pequenos”.
A arquiteta e advogada Margareth Pongelupe, que presidiu o Conselho da Cidade, afirmou que “por uma questão técnica”, a muralha “não deve existir”. “Essa não é uma lei de planejamento, não é assim que se planeja a cidade”, argumentou a arquiteta. Ela declarou que “como cidadã” espera “que o projeto seja votado”.
Campanha na mídia
O empresário Oswaldo Pittol disse que o Movimento Londrina Competitiva vai fazer uma campanha de mídia para informar as pessoas sobre a Lei da Muralha. “Nós acreditamos que através dessa campanha de comerciais essas pessoas vão receber a informação. A ideia é mostrar que a lei é prejudicial ao município. Diminui, e por vezes impede a competitividade.”
Segundo Pittol, a intenção é enfatizar que alguns empreendimentos estão enfrentando dificuldades para se estabelecer na cidade em razão dessa lei. “O que as pessoas precisam compreender, e cobrar dos vereadores, é que quanto mais opções de compra, melhor vai ser para o consumidor. Vamos cobrar dos vereadores a devida postura que eles precisam ter em relação a esse caso.” (colaborou Fábio Calsavara)
O texto entra na pauta da sessão de amanhã da Câmara. Para que a matéria tramite, é preciso derrubar o parecer prévio da Comissão de Justiça, que pede a retirada de pauta. Para isso são necessários 10 votos. Se o parecer for derrubado, o projeto será votado em primeira discussão na semana que vem. Só que para aprovar o texto, a conta é um pouco mais difícil: 13 votos. O que mudou é que no ano passado a matéria tinha recebido parecer contrário da Comissão de Justiça e para derrubá-lo, para permitir a tramitação, seriam necessários 13 votos.
Fu disse não ter contado quantos, mas admite ter “angariado alguns votos” a favor da sua proposta. Questionado se a crise envolvendo a tentativa de suborno mudaria votos dentro da Câmara, o pedetista afirmou que a pergunta “é difícil porque o escândalo está aí e vai do voto e da consciência de cada um”.
Se depender de Jacks Dias (PT) o novo escândalo não muda nada: “não muda em nada meu posicionamento, que é de princípio”, declarou o petista.
Foi na gestão do PT que a muralha ganhou as duas versões – a primeira e menor, em 2005 e a segunda, ampliando o perímetro consideravelmente, em 2006, nas mãos do ex-vereador Orlando Bonilha. Dias lembrou que apesar da muralha, a Prefeitura liberou a construção de uma grande loja da Havan na Rua Benjamin Constant, em frente à Supercreche, o que vai provocar grandes problemas de trânsito. “A expectativa é de que em breve muitas lojas serão fechadas, porque essa concorrência é predatória”, completou Dias. Segundo ele, o espírito da muralha é “proteger os pequenos”.
A arquiteta e advogada Margareth Pongelupe, que presidiu o Conselho da Cidade, afirmou que “por uma questão técnica”, a muralha “não deve existir”. “Essa não é uma lei de planejamento, não é assim que se planeja a cidade”, argumentou a arquiteta. Ela declarou que “como cidadã” espera “que o projeto seja votado”.
Campanha na mídia
O empresário Oswaldo Pittol disse que o Movimento Londrina Competitiva vai fazer uma campanha de mídia para informar as pessoas sobre a Lei da Muralha. “Nós acreditamos que através dessa campanha de comerciais essas pessoas vão receber a informação. A ideia é mostrar que a lei é prejudicial ao município. Diminui, e por vezes impede a competitividade.”
Segundo Pittol, a intenção é enfatizar que alguns empreendimentos estão enfrentando dificuldades para se estabelecer na cidade em razão dessa lei. “O que as pessoas precisam compreender, e cobrar dos vereadores, é que quanto mais opções de compra, melhor vai ser para o consumidor. Vamos cobrar dos vereadores a devida postura que eles precisam ter em relação a esse caso.” (colaborou Fábio Calsavara)
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