Vistoria condena sede dos bombeiros em Santo Antônio da Platina
Trincas surgiram em vários cômodos e laudo de engenheira já alertou que há risco de desabamento; prefeitura procura um novo local para instalar o quartel
Nos locais atingidos, estão sendo colocadas estacas para evitar o desabamento. “Dessa forma, protegemos nossos soldados e também a população que comparece aqui em busca de nossos serviços”, disse.
Para o tenente, o problema não é com o prédio e sim com toda aquela área da avenida Oliveira Motta, já que até as instalações do Instituto Emater, que fica no mesmo quarteirão, também estão comprometidas com rachaduras.
Mesmo com a situação precária, o comandante disse que a corporação vem mantendo seu trabalho rotineiro, com exceção da parte administrativa, que deve retornar na segunda-feira. “Estamos fazendo todos os atendimentos operacionais que são solicitados. Não paramos nem um dia por conta desses problemas, mas a parte administrativa, como vistorias, por exemplo, não dá para fazer, porque todos os nossos equipamentos estão guardados no almoxarifado por enquanto”, disse.
O chefe de gabinete da prefeitura de Santo Antônio da Platina, Joel Marciano Rauber, disse que já determinou a busca por um imóvel que acomode a corporação. “Estamos atrás de um barracão grande que esteja livre para locação. Até mesmo o prédio do Denit está nas nossas contas, mas precisamos da autorização do governo para utiliza-lo. O importante é dizer que assim que o local for conseguido, a prefeitura vai pagar o aluguel até que seja solucionado o problema estrutural da sede”, disse.
Rauber contou ainda, que as rachaduras do imóvel do Emater também obrigaram a prefeitura a acomodar o instituto em outro lugar. “Amanhã será feita a mudança para o prédio onde funcionava o Provopar, na avenida Palma Rennó”, explicou.
Arquiteto- O arquiteto Edson José Paz disse que ainda não foi ver os estragos que as chuvas fizeram no quartel dos bombeiros, mas ele conhece bem a história daquele prédio. Paz já foi funcionário da prefeitura, no departamento de engenharia e lembra que chegou a fazer um projeto de ampliação e reestruturação do imóvel, mas que acabou não sendo executado por falta de recursos da corporação. “Houve uma reforma lá, mas foram os próprios policiais que fizeram. A questão é que todos os imóveis com mais de 20 anos, de Santo Antônio da Platina, têm o alicerce feito de pedra. Em época de chuva contínua como agora, as pedras afundam na terra encharcada e causam mobilidade na edificação. É isso que está ocorrendo com o quartel e também com a Emater. Para arrumar, é preciso reforçar a estrutura ou demolir e refazer tudo de novo”, avaliou. Paz disse que vai até o local fazer uma avaliação criteriosa durante a sexta-feira.
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