segunda-feira, 17 de junho de 2013

Mais protestos - Polícia usa spray de pimenta para dispersar multidão que se dirigia ao Maracanã para ato contra governo

Cerca de 600 manifestantes tentaram chegar ao Maracanã, na tarde de domingo, pouco antes do início da partida entre México e Itália, pela Copa das Confederações da FIFA, que começou às 16h. O grupo foi contido na passarela que liga uma estação do metrô ao estádio. Policiais usaram spray de pimenta para dispersar a multidão e o clima ficou tenso no local. Algumas pessoas que chegavam para assistir aos jogos acabaram atingidas pelo produto. Os manifestantes caminharam em direção à Quinta da Boa Vista e a Avenida Bartolomeu de Gusmão foi fechada no sentido Méier. A via já foi liberada, mas o trânsito é lento no local.
Por volta das 15h, a Avenida Radial Oeste chegou a ser fechada pela Guarda Municipal, no sentido Méier, para evitar o avanço do protesto. A interdição durou cerca de 20 minutos. A estação São Cristóvão do metrô está fechada por causa do tumulto. Cem homens da Força Nacional também estão atuando na região para garantir a segurança.
A manifestação, segundo os participantes, é contra o custo de vida nas cidades que sediarão a Copa e em favor de mais recursos para saúde e educação. Um grupo de 25 artistas do Projeto Regar, um projeto de arte cristã, também fez um ato no local. Eles faziam uma caminhada lenta, com roupas bem simples e o corpo todo pintado com uma tinta bege. De vez em quando, em silêncio, abriam cartazes com uma frase bíblica em português e inglês.
Os amigos Maycon Diniz e Graciane Alves, de Niterói, que levaram a amiga Adriele Cristina, de Goiás, para conhecer o Maracanã pela primeira vez neste domingo, ficaram assustados com o confronto entre manifestantes e policiais.
“Estou muito assustada e com medo de que aconteça algo com a gente e principalmente com o Maycon, que é cadeirante. As pessoas vêm ao estádio para conhecer e acabam encontrando essa situação. Não somos contra a manifestação, desde que seja pacífica e não atrapalhe quem quer se divertir”  afirmou Graciane
Durante o confronto, o fotojornalista Luiz Roberto Lima, que trabalha para as agências Globo e Estado precisou do auxilio de um bombeiro após passar mal com os gases de efeito moral lançados pela policia. Após o tumulto, o fotografo sentia dificuldade de respirar e enxergar.
Às 10h, a prefeitura começou a interditar ruas no entorno do estádio, para a realização da partida. Foram fechadas ao tráfego as ruas Professor Eurico Rabelo; Visconde de Itamarati; Isidro de Figueiredo; Artur Menezes; Mata Machado; Radialista Waldir Amaral e Conselheiro Olegário. Ao meio-dia, foi interrompido o trânsito no sentido Centro da Avenida Radial Oeste (Avenida Presidente Castelo Branco); em ambos os sentidos da Avenida Maracanã, no trecho próximo ao Maracanã; no Viaduto Oduvaldo Cozzi; no Viaduto de São Cristóvão; em ambos os sentidos da Avenida Professor Manoel de Abreu, trecho próximo ao Maracanã; na Rua Mata Machado e na Rua Radialista Waldir Amaral.
Devido às interdições, algumas vias começaram a apresentar trânsito intenso próximo ao estádio, por volta das 13h, como a Avenida Radial Oeste, sentido Maracanã, na altura da Rua São Francisco Xavier, e a Avenida Maracanã, sentido Usina, na altura da Rua Professor Eurico Rabelo.
Somente veículos autorizados, relacionados ao evento e devidamente identificados, poderão circular nas áreas bloqueadas.  


Nenhum comentário:

Postar um comentário