Um bezerro de aproximadamente 40 kg nasceu sem uma das patas dianteiras em uma fazenda da cidade de Grandes Rios, na região norte do Paraná. O pecuarista Gilberto Bernini, proprietário da fazenda Rancho da Mata, conta que em mais de 50 anos de pecuária nunca viu, presenciou ou ouviu falar de uma vaca que nasceu com esse tipo de má formação. “Sou filho de produtor rural e nunca tinha visto uma coisa dessas. Até fiquei meio assustado, custei um pouco para acreditar”, diz o pecuarista. Por ser raro na região e na propriedade, o dono deu ao animal o nome de Talismã.
De acordo com Gilberto, duas horas depois que Talismã nasceu, o animal levantou e conseguiu mamar em pé. Para levantar, o bezerro utilizou o fusinho e contou com uma ajuda importante . “A 'mãe' de Talismã foi ajudando e aos poucos a vaquinha conseguiu se alimentar”, conta.
“A vaca que gerou o bezerrinho não rejeitou a cria, é incrível”, acrescenta. Segundo o proprietário, em duas semanas de vida – o nascimento foi registrado no dia 13 de agosto – Talismã ganhou sete quilos. “Ela está em perfeita saúde, o médico veterinário da fazenda fez todos os exames e não identificou outro problema. Ela tem uma fome danada”, diverte-se.
A médica veterinária Daniele Maggioni Chefer, doutora em reprodução animal e professora da Faculdade Integrado de Campo Mourão, afirma que o nascimento de um bezerro sem uma das patas é algo raro.
A médica ainda explica que as próteses precisarão acompanhar o tamanho do animal, ou seja, na medida que o animal for crescendo as próteses precisarão ser trocadas.
Mesmo com a má formação, o pecuarista não pensa em sacrificar ou se desfazer do animal. A esperança é que uma universidade estude o caso e possa dar alternativas para o bezerro ter qualidade de vida e não precise enfrentar mais problemas quando for adulto. “Estou meio sem saber o que fazer, porque o animal vai crescer e vai produzir cerca de 50 litros de leite, ou seja, vai ser mais uma dificuldade. Uma das patas vai ficar sobrecarregada e pode ter problemas nos joelhos. Mas, não quero sacrificá-la, tenho esperança que uma universidade se interesse”, assegura.
Conforme a médica veterinária Daniele Chefer, a boa notícia é que se o animal não tiver outra má formação, Talismã vai poder reproduzir e ainda produzir leite, assim como outras vacas da espécie.(Redação G1 Paraná / Foto: Gilberto Bernini)
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