Alegando a proteção dos índios e de suas culturas, o governo tenta barrar os trabalhos missionários que não pregam apenas uma religião, mas promovem programas de educação e saúde.
A Associação Nacional de Juristas Evangélicos (ANAJURE) está prestando apoio jurídico para as entidades cristãs, buscando reverter esses programas por meio da Lei.
“O fato é que, em geral, a atitude do Governo e da FUNAI é, de certa forma, hostil e autoritária. Há flagrantes violações às liberdades civis fundamentais dos indígenas – que, ressalte-se, desejam a presença das missões – e dos missionários”, diz o presidente da ANAJURE, Dr. Uziel Santana.
“Impedimentos ao livre exercício da liberdade religiosa, da liberdade de expressão e ao desenvolvimento de programas sociais históricos tem acontecido a todo momento, de modo que chegou a hora de acionarmos as instâncias jurídicas do nosso país e de organismos internacionais para buscarmos o resguardo dos nosso direitos e dos indígenas”, completa.
Na nota as entidades lembram que esses trabalhos são realizados há mais de 100 anos e que não devem ser comparados com a catequização. “Apesar de reconhecermos que houve desacertos no passado, cometidos em nome de um cristianismo equivocado, em geral, a atuação missionária nas áreas indígenas brasileiras está historicamente associada à preservação física, social, cultural e linguística desses povos”, dizem.
O texto também deixa claro que as culturas locais e a língua são preservadas, tanto que mais de 600 trabalhos acadêmicos foram realizados por missionários para preservar os povos e suas línguas. (Redação Leiliane Roberta Lopes)
Nenhum comentário:
Postar um comentário