Ele, que não reagiu e nem estava armado, "descansava" numa casa da rua Luis Pereira Carrapeiro, no bairro Inês Panichi. O traficante de drogas foi encaminhado novamente para a cadeia platinense.
A fuga dele e de outros sete marginais foi na madrugada do último dia 28.
Eles esquentaram um “rabo quente”, nome dado a um tubo de metal que vai dentro da água e colocaram junto à parede e, em seguida, jogaram mais água quente para que a parede ficasse destemperada e, com isso, facilitando o trabalho de desmanche do concreto que foi perfurado com um arco de pua. Feito o buraco na parede que dá acesso ao pátio onde tomam sol, subiram na grade e, passaram por meio de rolos de arames farpados que ficam em cima do muro que dá acesso ao terreno onde está instalado um bloco da unidade platinense da Yazaki.
Foi a quarta fuga de presos da cadeia pública de Santo Antônio da Platina ocorrida no período de dezembro de 2013 a fevereiro de 2014. A penúltima fuga foi registrada em 16 de dezembro passado quando nove detentos fugiram da unidade.
A “Cadeia Pública” de Santo Antônio da Platina, nome que se dá ao setor de carceragem, conta com 108 presos,e restam quatro a serem recapturados. A Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984 é a que instituiu a Lei de Execução Penal e, no Capítulo II, item ‘b’ do Artigo 88 diz que a área mínima para um condenado ser alojado em cela individual é de 6m². e, o Capítulo VII, que fala da Cadeia Pública, destaca que ela é destinada ao recolhimento de presos provisórios.
A Secretaria Estadual de Justiça (Seju) é a responsável pelos presos e, a Polícia Civil, apenas ajuda na guarda compartilhada dos detentos. O setor de carceragem conta com um diretor e um vice, além de cinco agentes de cadeia que cumprem a carga horária de 12 horas com descanso de 36 horas.
A Delegacia de Santo Antônio da Platina conta com 12 celas, cada uma com capacidade para acomodar normalmente até quatro presos, com quatro camas, porém, na prática, o que se vê é outra realidade. Se todas as celas tivessem lotação normal, seriam 48 presos, mas, atualmente o local acomoda 108 presos, que, se forem divididos por 12 celas, dá uma média de 9 presos por celas. Mesmo assim a estrutura abrigaria provisoriamente até no máximo, 57 presos.
De acordo com os dados mais recentes do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), de 2010, o Brasil tem um número de presos 66% superior à sua capacidade de abrigá-los. Segundo a organização não-governamental Centro Internacional para Estudos Prisionais (ICPS, na sigla em inglês), o Brasil só fica atrás em número de presos para os Estados Unidos (2,2 milhões), China (1,6 milhão) e Rússia (740 mil).
As polícias civil e militar estão caçando os bandidos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário