sábado, 5 de setembro de 2015

Alunos recebem jaquetas de frio no final do inverno em Londrina

Divulgação/N.Com da PMLO inverno teve início no dia 21 de junho, mas os alunos das escolas e creches municipais de Londrina só receberam as jaquetas de frio no final do mês passado, poucas semanas antes de a estação mais gelada do ano terminar.

As peças foram entregues para cerca de 34 mil crianças, que cursam do berçário ao 5.º ano do Ensino Fundamental nas unidades municipais. A gerente de apoio logístico da Secretaria de Educação, Yolanda Gonçalves, garantiu que a pasta tinha a intenção de entregar as jaquetas aos alunos no início do inverno, mas o processo de licitação que previa a compra do material não foi finalizado a tempo pela prefeitura. "A gente mandou a nossa demanda à Secretaria de Gestão Pública no final de fevereiro, mas o edital só foi homologado em 20 de julho", contou em entrevista ao Bonde nesta sexta-feira (4).
Habituada aos contratempos registrados durante os processos de licitação, a Secretaria de Educação planejou a compra de jaquetas mais resistentes, que poderão ser utilizadas pelos alunos no decorrer dos próximos dois anos. "Solicitamos que as roupas fossem de helanca, um tecido mais resistente, e com números dois vezes maior, para acompanhar o crescimento dos estudantes", observou. 

Dez empresas, sendo cinco de Londrina e região e cinco de outros estados, participaram do pregão presencial. A terceirizada vencedora, Dimatex Indústria e Comércio de Confecções Ltda., é do Mato Grosso e cobrou R$ 639.672,07 pela confecção e entrega de 33.863 jaquetas. Conforme informações do Núcleo de Comunicação da prefeitura, as peças são de helanca flanelada 100% poliéster e contam com o brasão da cidade de Londrina na parte frontal. 

A gerente de apoio logístico da Secretaria de Educação destacou que a licitação foi acompanhada pelo Observatório de Gestão Pública de Londrina. "O órgão não participou efetivamente do processo, mas o reconheceu por meio de uma carta", completou. 

Responsável por elaborar o termo de referência da compra das jaquetas, Yolanda afirmou ter passado por uma grande preparação por conta dos questionamentos feitos pelos órgãos de fiscalização do município aos processos de compra de uniforme e material escolar tocados pela administração do então prefeito Barbosa Neto. O pregão presencial de R$ 8,2 milhões, para a compra de 34 mil kits escolares em Londrina no ano de 2011, foi suspenso pela Justiça após suspeitas de irregularidades. Já o processo aberto para a aquisição dos uniformes culminou no indiciamento de 14 pessoas, entre elas, o então vice-prefeito José Joaquim Ribeiro, por suposta participação em um esquema de fraude de licitações. "Li todos os apontamentos feitos pelas procuradorias do Município e do Estado e, também, pela Câmara de Vereadores. Estudei bastante a legislação, tive o aval do Observatório e o processo transcorreu normalmente", garantiu a gerente. 

O cuidado redobrado do Executivo com o processo fez com que ele demorasse mais a ser finalizado, como destacou o secretário municipal de Gestão Pública, Rogério Carlos Dias. "Quando se fala em uniforme e material escolar, temos o acompanhamento minucioso da Procuradoria e até da Controladoria-Geral do Município", frisou. Conforme ele, a Gestão precisou responder alguns questionamentos dos órgãos e, também, retornar com o processo à Educação para a pasta alterar pontos do termo de referência. "O tipo de tecido, por exemplo, foi modificado", citou. 

Os questionamentos e as mudanças, de acordo com o secretário, demandam tempo. "O processo chegou a ser publicado em junho, antes do início do inverno. No entanto, por conta de todo o trâmite, acabou homologado só em 20 de julho", explicou. Dias reiterou, também, que, apesar da demora, os produtos não serão perdidos. "As jaquetas já foram todas entregues e poderão ser usadas pelos alunos no próximo ano", concluiu.

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