Nos depoimentos foram citados agentes públicos como o presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, Fernando Capez (PSDB), o ex-chefe de gabinete da Casa Civil do governo estadual Luiz Roberto dos Santos, conhecido como Moita, e o atual secretário de Logística e Transporte, Duarte Nogueira Júnior, que já foi secretário de Agricultura. Foram citados ainda os deputados federais Baleia Rossi (PMDB) e Nelson Marquezelli (PTB).
Por envolver agentes públicos com foro privilegiado, o MPSP criou uma força na Procuradoria-Geral de Justiça para conduzir as investigações. Com base no que for apurado, o promotor Leonardo Romanelli pode oferecer denúncia à Justiça.
De acordo com o MP, a Coaf liderava o esquema de pagamento de propina. A cooperativa mantinha contratos com diversas prefeituras, com valores superiores a R$ 1 milhão, e um contrato com o governo estadual. A empresa também é investigada por fraudar a modalidade de compra “chamada pública”, pois ela pressupõe a aquisição de produtos de pequenos produtores agrícolas. A cooperativa, por sua vez, adquiria também de grandes produtores e na central de abastecimento do estado, segundo informou o MP.
Em nota da Secretaria de Educação, o governo paulista diz que segue a legislação do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), que determina o uso, na merenda escolar, de 30% de alimentos cultivados e produzidos por meio da agricultura familiar, e que se mantém à disposição da Polícia Civil e do Ministério Público para dar sequência às investigações.
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