Em conversa, o diretor do estabelecimento de ensino, este confirmou o fato na manhã de quinta-feira (23), explicando que assim que a professora ficou sabendo do ocorrido, comunicou a direção, que imediatamente foi até a sala de aula e conversou em caráter geral, a fim de saber quem teria tido a ideia.
“No momento em que chamei atenção dos alunos com a intenção de mostrar o mal que eles poderiam causar a colega de classe, ficamos sabendo quem seria os autores da ideia, tratando-se de uma aluna de nove anos e o aluno de oito anos. Os dois foram levados para a sala da diretoria, onde foram questionados sobre dar a bala envenenada para a colega e ambos confessaram, explicando que a menina iria trazer o veneno, o garoto a bala e que tinham a intenção dá-la a outra garota pelo simples fato dela ser pobre, que sempre os insultava”, esclareceu o diretor.
Após a confissão dos alunos em detalhes, como dizendo que iriam comprar bala de banana, para não aparecer o veneno, os pais foram convocadas e estiveram na escola.
“As mães ao lado de seus filhos ouviram eles contando sobre a ideia de dar a bala envenenada para a colega de classe, neste momento a mãe do aluno o repreendeu e ele demostrou arrependimento, quando a aluna que informou que o veneno que iria usar estava na casa da avó, não esboçou nenhum sentimento, relatando tudo tranquilamente”, contou Lucas.
Diante disto, os alunos foram suspensos por um dia de acordo com o regulamento interno da escola e estão suspensos das atividades extras realizadas.
Em conversa com a tia da aluna que receberia o veneno, ela contou como ficou sabendo da história e disse que desde que começou a estudar no CAIC, a sobrinha vem sendo excluída pelos outros alunos que a chamam de pobre.
“Eu vim buscar minha sobrinha na escola e percebi que ela não estava bem, fomos embora, em casa ela permaneceu em silêncio, mais do que o normal, pois ela não é de muita conversa. Mais eu e minha mãe fomos conversando com ela, ela com muito medo falou apenas que dois colegas de classe falaram que iriam matá-la, que iriam levar bala envenenada para dar a ela”, contou a tia.
Na manhã seguinte a aluna não quis ir à escola com medo e os familiares não foram até a escola para saber, esperando pelo contato da direção.
“Na quarta-feira ela aceitou voltar a escola e fui levá-la no portão, conversei com a professora dela, que muito nervosa e sem jeito explicou o que havia acontecido, informando que a escola já havia tomado providências, mas até então não tinham feito o contato com a gente, só na tarde do mesmo dia o diretor me ligou solicitando minha presença na escola, mas por motivos particulares eu não fui”, esclareceu a tia.
Diante do relato da tia, o diretor do estabelecimento foi questionado sobre não ter comunicado a família da aluna no dia. Ele justificou dizendo que é o procedimento interno da escola, “no primeiro momento nós acionamos os responsáveis pelos alunos em questão e depois acionamos a outra a parte, pois no calor da situação poderia ocorrer algum atrito. Mas demos todo o apoio a aluna e como ela faltou no dia seguinte, esperamos ela retornar para manter o contato com os responsáveis”, justificou o diretor.
Por fim, o diretor deixou bem claro que não foi encontrada nenhuma bala ou lanche com veneno, que apenas os alunos estavam planejando a ação. Diante da revelação feita (pela própria aluna que iria levar o veneno), para sua mãe dizendo que na sala estava um boato que iriam dar bala envenenada para outra aluna, foi possível a interceptação do fato.
Para o próximo dia 8/3, a direção fará uma reunião com os pais a fim de esclarecer os fatos e orientá-los sobre o perigo de manter veneno em casa, como também explicar aos seus filhos sobre respeitar as diferenças.
Quanto a aluna, esta muito tímida, disse que agora está tudo bem e que não quer mudar de sala e nem de escola.
A direção se comprometeu a em encaminhar a aluna com o consentimento da família para uma psicóloga. (Redação e foto Portal JNN)
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