De acordo com Carla, a professora era substituta e estava cuidando da sala de seu filho Davi naquele dia. A mulher teria se recusado a trocar a fralda suja do menino e o deixou isolado em um canto até a chegada da mãe.
“Eu fiquei revoltada. O vigilante da creche me telefonou no trabalho dizendo que a professora pediu para ele me chamar para limpar o meu filho porque ela não podia fazer isso. Eu tive que sair do trabalho para ir até lá saber o que realmente estava acontecendo”, contou a mãe.
Quando chegou ao local, na Emei (Escola Municipal de Educação Infantil) Rafael Andrade Duarte, no parque Taquaral, Carla disse que ficou mais revoltada: “Ele estava isolado em um canto da sala, todo fedido e sujo, olhando para a parede. Quando eu vi aquilo, comecei a chorar e a professora disse que não era obrigação dela limpá-lo porque ela estava sozinha e não tinha ninguém para cuidar das outras crianças”.
A mãe também informou que foi até a diretoria pedir uma explicação sobre o ocorrido, mas não teve nenhuma resposta. “A professora podia ter pedido para o vigilante olhar as crianças e ir trocá-lo ou até fazer a limpeza ali mesmo. Foi um absurdo o que ela fez”.
Carla disse que pretende fazer um abaixo-assinado com as mães de outros alunos para tirar a professora substituta da escola. “E se eu não tivesse como sair do trabalho? Ele ia ficar naquela situação quanto tempo? Já registrei um boletim de ocorrência e vou continuar atrás dos meus direitos”, afirmou.
O BO foi registrado no 4º Distrito Policial da cidade, como não criminal. O delegado de plantão orientou Carla a procurar um advogado para cuidar do caso.
Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria de Educação de Campinas, a prefeitura abriu um processo administrativo para investigar o caso, uma vez que independentemente de ser substituta ou não, a professora deve dar assistência à criança, tanto para limpar quanto para dar remédios. O processo pode levar até 90 dias para ser concluído, podendo resultar de suspensão a exoneração da docente. (Redação UOL Educação)
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