Duas testemunhas arroladas pela defesa do agente foram ouvidas pela juíza Zilda Romero. Uma delas é um médico vinculado ao Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) da Prefeitura de Londrina.
O advogado de Rachel Espinosa, ex-namorada de Felippe e que perdeu o pai e o filho de 16 anos na série de ataques, Marcelo Camargo, quer que o réu seja julgado pelo Tribunal do Júri.
Segundo a promotora Susana de Lacerda, o agente afirmou que não se recordava dos assassinatos. Porém, para o Ministério Público, "há elementos suficientes que comprovam que ele sabia o que estava fazendo". Desde a primeira audiência, 23 testemunhas de acusação foram ouvidas. Na ocasião, o guarda até foi ao Fórum para se defender, mas a pedido das vítimas, que se sentiram receosas com a presença dele, teve que voltar para a cadeia.
O caso
Ricardo Leandro Felippe foi preso pela Polícia Civil no dia 3 de abril em Maracaí (SP) depois de matar Ana Regina do Nascimento Ferreira, 34 anos, sócia da primeira ex-namorada, e o filho e pai de outra ex-companheira, Rachel Espinosa. O adolescente de 17 anos estava na casa dos avós quando foi baleado. Ele morreu no local.
O pai de Rachel, Valdir Siena, de 58 anos, morreu poucos dias depois no Hospital Evangélico. Outras duas pessoas ficaram feridas. O guarda municipal continua preso em uma cela especial na Penitenciária Estadual de Londrina (PEL 1).
A defesa do guarda municipal alegava que ele sofria de transtornos mentais. O laudo do exame foi registrado em 2 de junho, após o guarda ter passado aproximadamente um mês no CMP, localizado em Pinhais (Região Metropolitana de Curitiba). "O examinado Ricardo Leandro Felippe no momento não apresenta sinais de doença mental. Trata-se de indivíduo com traços dissociais que no momento é plenamente capaz de entender seus atos e responsabilizar-se por eles", diz o documento.
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