terça-feira, 22 de agosto de 2017

INTERROGATÓRIO Guarda municipal acusado de matar três pessoas em Londrina afirma que não se lembra dos assassinatos

O guarda municipal Ricardo Leandro Felippe, acusado de matar o filho, pai e sócia de ex-namoradas em Londrina, no processo em que ele responde por injúria e ameaça, chegou à 6ª Vara Criminal escoltado por três policiais militares para prestar depoimento nesta segunda-feira (21). Ele permanece preso na Penitenciária Estadual de Londrina (PEL), na zona sul.
Duas testemunhas arroladas pela defesa do agente foram ouvidas pela juíza Zilda Romero. Uma delas é um médico vinculado ao Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) da Prefeitura de Londrina.

O advogado de Rachel Espinosa, ex-namorada de Felippe e que perdeu o pai e o filho de 16 anos na série de ataques, Marcelo Camargo, quer que o réu seja julgado pelo Tribunal do Júri.



Segundo a promotora Susana de Lacerda, o agente afirmou que não se recordava dos assassinatos. Porém, para o Ministério Público, "há elementos suficientes que comprovam que ele sabia o que estava fazendo". Desde a primeira audiência, 23 testemunhas de acusação foram ouvidas. Na ocasião, o guarda até foi ao Fórum para se defender, mas a pedido das vítimas, que se sentiram receosas com a presença dele, teve que voltar para a cadeia.

O caso

Ricardo Leandro Felippe foi preso pela Polícia Civil no dia 3 de abril em Maracaí (SP) depois de matar Ana Regina do Nascimento Ferreira, 34 anos, sócia da primeira ex-namorada, e o filho e pai de outra ex-companheira, Rachel Espinosa. O adolescente de 17 anos estava na casa dos avós quando foi baleado. Ele morreu no local.
O pai de Rachel, Valdir Siena, de 58 anos, morreu poucos dias depois no Hospital Evangélico. Outras duas pessoas ficaram feridas. O guarda municipal continua preso em uma cela especial na Penitenciária Estadual de Londrina (PEL 1). 

A defesa do guarda municipal alegava que ele sofria de transtornos mentais. O laudo do exame foi registrado em 2 de junho, após o guarda ter passado aproximadamente um mês no CMP, localizado em Pinhais (Região Metropolitana de Curitiba). "O examinado Ricardo Leandro Felippe no momento não apresenta sinais de doença mental. Trata-se de indivíduo com traços dissociais que no momento é plenamente capaz de entender seus atos e responsabilizar-se por eles", diz o documento.

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