quinta-feira, 24 de maio de 2012

Apesar dos abrigos de Londrina contarem com cerca de 150 crianças acolhidas – separadas das famílias por diversos motivos -, o Município tem, hoje, apenas 9 crianças no Cadastro Nacional de Adoção: 6 meninas e 3 meninos. O número de pessoas/casais interessados em adotar é significativamente maior, 132 inscritos no cadastro, segundo dados da Vara da Infância e Juventude. No entanto, é provável que nenhuma dessas 9 crianças encontre um lar. Cinco delas tem entre 11 e 15 anos e 4 já passaram dos 15. Elas fogem do padrão idealizado pela maioria dos candidatos a pais: menina branca de até um ano, a preferência em mais de 70% dos casos. Achar um lar para um recém-nascido abandonado é fácil. O difícil é conseguir uma família quando a criança já passou dos 5 anos. O acolhimento em abrigos é o primeiro passo para a criança ser adotada. No entanto, não são todas as crianças que chegam à Vara da Infância e Juventude que são determinadas à adoção. “Primeiro a gente busca a reinserção dela à família próxima (pai ou mãe) e extensa (parentes como tios, avós, primos). Vê se tem alguém interessado em ficar com ela. Cada situação é avaliada”, diz a psicóloga Ana Paula Cruz de Queiroz, do Serviço Auxiliar da Infância (SAI). O problema é que o processo pode levar anos e, nesse meio tempo, as crianças crescem. A garotinha N. é um exemplo. Passou quatro anos em um dos abrigos da cidade, no qual chegou quando tinha apenas um aninho. Foram muitas tentativas para o que pai ficasse com ela, mas o homem não cumpria as determinações até que, finalmente, a Justiça decidiu pela perda do pátrio poder. Assim que isso aconteceu, Márcia (nome fictício), 50 anos, que ajudou a cuidar dela como mãe social, pediu a guarda da menina. “Ela me pedia, desde pequenininha, para que eu fosse sua mãe. Por mim, teria adotado antes, mas é preciso cumprir toda essa fase de tentar criar vínculos com a própria família”, conta. Se não fosse isso, provavelmente a menina já teria sido adotada, por Márcia ou por outra pessoa. Ana Paula diz que é mesmo muito difícil conseguir lares para crianças a partir dos 10 anos. Porém, assegura que, mesmo com mais idade, ainda há chances de serem adotadas. “O que pode acontecer, nesses casos, quando não há nenhuma pessoa interessada na região ou mesmo no país, é consultar a possibilidade de adoção internacional. Para algumas situações é possível. Casais estrangeiros aceitam mais facilmente crianças mais velhas”, explica. Algumas situações, no entanto, são consideradas quase impossíveis. É o caso de cinco das crianças londrinenses “disponíveis” no Cadastro Nacional. Além de serem mais velhas, são irmãs e a lei de adoção determina que sejam adotadas juntas ou que, pelo menos, mantenham o vínculo familiar. “É uma dificuldade a mais, principalmente porque são muitos irmãos. Infelizmente, essas crianças provavelmente continuarão em abrigos até completar 18 anos”, afirma.


Dois homens foram presos na madrugada de quinta-feira (24) suspeitos de praticar uma sequência de assaltos em Niterói, na Região Metropolitana do Rio. Eles estavam com mais dois suspeitos, que conseguiram fugir. O grupo roubou carros, agrediu motoristas, invadiu uma casa e ainda atirou contra policiais, conforme mostrou o Bom Dia Rio.
Em apenas 8 km, os criminosos cometeram vários crimes: sequestro-relâmpago, roubo e até tentativa de homicídio. Na delegacia, algumas vítimas contaram que os criminosos foram violentos.
Um motorista conta que foi rendido pelos criminosos por 2 horas quando entrava em seu carro. Ele foi amarrado e obrigado a percorrer sete caixas eletrônicos para tirar dinheiro. Depois de passar por vários bancos, ele foi abandonado, ainda amarrado, no meio da rua. "O assaltante sentou no banco de trás e, já me enforcando, solicitou que eu fizesse o retorno e pegasse dois comparsas dele que estavam escondidos em um local escuro da rua", disse um analista de sistema.

O segundo crime foi um arrastão na Estrada Velha de Itaipu, onde motoristas foram assaltados. Uma das vítimas, apavorada, desabafou na delegacia. "Casado, dois filhos e com uma pistola na cabeça. Isso é um terror. Terror psicológico do início ao fim", afirmou.
Para fugir, eles roubaram um carro. Era o terceiro crime da noite, em menos de 3 horas.

Na fuga, os criminosos foram perseguidos pela polícia e acabaram batendo com o carro. Eles atiraram contra os PMs e fugiram em direção à uma rua residencial.

No fim da sequência de crimes, eles invadiram, sem saber, a casa do ex-secretário de segurança de Niterói. A família não foi rendida. Dois suspeitos se entregaram e outros dois fugiram.

"Você fica numa situação de impotência total, porque você está na mão de três desconhecidos que te apontam uma arma. Você fica com medo de reagir ou de fazer qualquer tipo de movimento brusco", desabafououtra vítima.
Os criminosos presos foram identificados como Thiago da Conceição Pacheco, de 24 anos, que já havia sido preso anteriormente por roubo, e Diogo dos Santos Falcão, de 21. Com eles foi apreendido um revólver.
Todos os pertences roubados das vítimas foram recuperados. Segundo a polícia, se forem condenados pela sequência dos vários crimes, os criminosos podem pegar até 10 anos de prisão.

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