Ramalho foi ouvido perto das 15h30 desta quarta-feira (27) na própria sede do Nucria, na rua Gago Coutinho, jardim Aeroporto, zona leste da cidade. Ele chegou algemado da Penitenciária Estadual de Londrina, onde está detido, e veio acompanhado do advogado de defesa. Durante praticamente duas horas, ele permaneceu em silêncio durante boa parte do interrogatório, respondendo poucas perguntas.
O conselheiro é alvo de um inquérito aberto pela delegada do Nucria após o surgimento de outra denúncia. A Polícia Civil ainda apura se Ramalho teria abusado de outra adolescente. Essa investigação foi anexada ao caso da menor que procurou o Ministério Público do Paraná, situação determinante para a prisão do acusado. A defesa tenta a revogação do pedido de detenção na Justiça.
O prazo para que a polícia encerre o inquérito vence no próximo sábado. Até lá, José César Ramalho continua sendo investigado pelos crimes de estupro, corrupção de menores e favorecimento de prostituição. O primeiro é considerado, segundo o Código Penal brasileiro, como hediondo. A pena varia de 8 a 15 anos de reclusão.
Desde o início das investigações, tanto pela Polícia Civil quanto pelo MP, os representantes do Conselho Tutelar de Londrina afirmaram que "contribuíram com o trabalho de apuração dos fatos". Ramalho foi afastado das funções e também da presidência da sede central, onde atualmente exercia o cargo. Ele está no Conselho desde 2011, quando obteve 526 votos, figurando como o segundo candidato mais votado. Em 2015, em um novo pleito, conseguiu reeleger-se.