quinta-feira, 3 de maio de 2012

Parolin é ocupado para instalação da segunda UPS de Curitiba


A segunda Unidade Paraná Seguro (UPS) do estado está sendo instalada no bairro Parolin, em Curitiba, na manhã desta quinta-feira (3). Aproximadamente 300 policiais militares, civis e guardas municipais ocupam a região desde 6 horas desta manhã.
Módulos móveis da PM nos bairros de Curitiba
Setenta e cinco módulos móveis devem ser instalados pela Polícia Militar, em Curitiba, a partir de setembro. A ideia é que cada bairro da capital possa contar com uma unidade para reforçar a segurança.
Os policiais que irão integrar a equipe dos módulos já atuam nos bairros, de acordo com a PM. As unidades irão se deslocar de acordo com os eventos e ocorrências que surgirem na região.
O projeto dos módulos móveis funcionará em paralelo à instalação das Unidades Paraná Seguro (UPS).
Ações sociais serão intensificadas
Com a implantação da nova UPS no Parolin, a Prefeitura de Curitiba pretende intensificar trabalhos comunitários, em especial ações sociais na região.

O objetivo, segundo a superintendente da Fundação de Ação Social (FAS) do Portão, Roseli Bittencourt, é intensificar ações preventivas, com ações sócioeducativas. "Já temos programas voltados ao atendimento da família na região e agora vamos intensificar esse apoio com a chegada da UPS".

De acordo com Roseli, ações especializadas também serão implantadas para retirar jovens do tráfico e diminuir a violência dentro das famílias.
A ação ocorre dois meses depois da implantação da primeira unidade pacificadora do Paraná, no bairro Uberaba, em 1º de março. Cerca de 450 policiais participaram daquela ação. O projeto piloto do Paraná é semelhante ao do Rio de Janeiro, porém sem a participação do Exército (como ocorre na versão carioca).
Os 300 policiais que participam da operação desta quinta-feira devem permanecer no Parolin por 24 horas, de acordo com a Polícia Militar (PM). Após o período, 150 seguirão na região por cerca de 30 dias. A previsão das forças de segurança é de que 30 policiais ficarão permanentemente no bairro após o primeiro mês de ocupação.
O efetivo que ficará no bairro após a operação têm formação na Academia Militar do Guatupê, em São José dos Pinhais, para ações comunitárias, segundo a Polícia Militar.

Mandados de prisão e de busca e apreensão são cumpridos no Parolin desde quarta-feira (2). Duas pessoas foram presas com pedras de crack e 11 máquinas caça-níqueis foram apreendidas, segundo a PM. Trinta pedras de crack também foram apreendidas no bairro.

Escolha do Parolin

O bairro Parolin é um ponto de distribuição de drogas para toda Curitiba e isso motivou a instalação da segunda UPS no bairro, de acordo com o subcomandante da PM, coronel César Alberto Souza. “O Parolin tem um dos mais altos índices de criminalidade de Curitiba. Há mais de 30 anos o estado tenta instalar seus programas sociais no bairro”, afirmou Souza.
Segundo o subcomandante, o serviço de inteligência da PM monitora o bairro há semanas para que fosse possível colocar em prática a ação desta quinta-feira.
O bairro Parolin, segundo a PM, é dividido em regiões e cada uma delas é “responsável” pela distribuição de um tipo de droga. O tráfico de cocaína e crack são bastante ativos na região.
O tenente-coronel José da Rosa Neto, que também participa da ação no Parolin, afirmou que outras unidades devem ser instaladas em Curitiba para que se possa combater a criminalidade. “A partir do momento que se recupera um bairro com a instalação da UPS, a delinquência migra para outra região da cidade. Por isso há a necessidade de instalar várias unidades”, disse o tenente-coronel.
A população pode auxiliar o trabalho da PM no Parolin e em outros bairros fazendo denúncias sobre o tráfico de drogas e a criminalidade em geral para o telefone 181 do Disque-Denúncia. A denúncia pode ser feita anonimamente.
Clima tranquilo no Parolin
Moradores do bairro Parolin aprovaram a instalação na UPS no bairro. O clima era de tranquilidade na região nesta manhã. Algumas pessoas que estavam nas ruas do Parolin no início desta quinta foram abordadas e revistadas.
O pedreiro Miguel Luiz de Paula, 48 anos, contou que passou ao lado dos policiais, mas não chegou a ser revistado. Ele afirmou que a situação no bairro estava tranquila nesta manhã e defendeu que operações na região devem ser frequentes.
Opinião semelhante foi apresentada pela auxiliar de serviços gerais Isabel Ferreira dos Santos, 57 anos. Ela afirmou que o bairro está mais tranquilo do que períodos anteriores, mas ressaltou que a chegada da polícia proporciona mais segurança aos moradores.
Mais informações em breve.

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