sexta-feira, 25 de maio de 2012

Promotoria denuncia Barbosa e PDT


 A Promotoria Eleitoral denunciou o prefeito Barbosa Neto e o PDT, partido que agora preside, por propaganda eleitoral antecipada durante o ato de desagravo na Praça Rocha Pombo na última segunda-feira. A Promotoria pediu que a Justiça aplique duas multas entre R$ 5 mil e R$ 25 mil. O juiz eleitoral Paulo César Roldão deu 48 horas para que o prefeito e o PDT se expliquem oficialmente antes de decidir a aplicação dos valores.
Na representação encaminhada ao juiz, a promotora Maísa Aparecida de Araújo afirma que o evento – convocado como uma resposta pública do PDT de Barbosa contra as denúncias de corrupção na Prefeitura de Londrina – “possuiu evidente natureza de propaganda antecipada irregular, na forma de comício e colocação de bandeira do partido”. Segundo a promotora, houve uma clara “infração à legislação eleitoral”. Para a promotoria, Barbosa está diretamente implicado na organização do ato para propaganda eleitoral fora de época – a data oficial de campanha é a partir de 6 de junho.
Em nota, Arquidiocese apoia Gaeco
A Arquidiocese de Londrina divulgou ontem uma nota de apoio ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e ao Ministério Público (MP) com relação às investigações realizadas no âmbito da política local. O texto reforça que as autoridades merecem a consideração da igreja católica, mas têm o dever e a obrigação de respeitar o povo e as instituições. "As atuais suspeitas de irregularidades que estão sendo investigadas reforçam o descrédito, o desinteresse e o afastamento do povo em relação ao valor e importância da política para a sociedade", diz o texto, assinado por bispos, padres e diáconos. Na conclusão da nota, toda a população é chamada para colocar em prática a Lei da Ficha Limpa.
A reportagem ligou no celular do prefeito, mas ele havia deixado o aparelho no gabinete na Prefeitura para ir a um evento externo. A assessoria de comunicação do prefeito não respondeu ao pedido de retorno.
Câmara
O vereador Eloir Valença (PHS) reassumiu ontem sua cadeira na Câmara disparando contra os investigadores da suposta tentativa de compra de votos, a imprensa e o vereador Amauri Cardoso (PSDB), contra quem prometeu fazer representação junto à Comissão de Ética do Legislativo. Cardoso se pronunciou logo depois do colega e também deve representar contra Valença. O vereador, que estava afastado desde 4 de maio por decisão da 3ª Vara Criminal, disse ser um “preso político” – ele chegou a ser preso, mas assim que venceu o prazo da prisão temporária, a Justiça decidiu pelo afastamento da Câmara, em vez de decretar a prisão preventiva pedida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) – e afirmou que “foram ditas mentiras” a respeito dele.

“Me senti violentado e vou atrás de provar a minha inocência e vou fazer com que as pessoas que me acusaram e me expuseram sejam responsáveis por responder na Justiça e também dentro desta Casa”, disparou. Sobre Cardoso, ele disse que pretende “fazer uma interpelação judicial”, embora não tenha citado o tucano nominalmente.
O vereador Amauri Cardoso (PSDB) também pretende representar contra Eloir Valença (PHS) na Comissão de Ética na Câmara. “É importante que fique bem claro que quando eu recebi a proposta de mudança de votos tive de imediato uma postura de procurar quem deveria. Eu me coloquei para colaborar com a Justiça”, declarou o tucano, que se sentiu atingido pelas críticas de Valença. “Eu não inventei, não prendi. As pessoas que foram presas, foram presas com base nos fatos levantados e investigados pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco)”, completou. 

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