quarta-feira, 2 de maio de 2012

Vereador preso recebe alta hospitalar, mas continua internado

O vereador Eloir Valença (PHS) continua internado no Hospital do Coração de Londrina nesta quarta-feira (2). O vereador passou mal depois de ser preso na manhã de terça (1º). Segundo boletim médico, Valença teve uma crise de hipertensão provocada por um estresse agudo.
Ele recebeu alta do hospital às 19h10 da terça, no entanto, a Justiça determinou que ele permanecesse internado. A defesa do vereador tem até às 16 horas desta quarta (2) para comprovar que o estado de saúde do parlamentar é grave. Caso isso não ocorra, ele será encaminhado para a Penitenciária Estadual de Londrina (PEL) 2.
Valença foi preso juntamente com o chefe de gabinete do prefeito Barbosa Neto, Rogério Ortega, e o diretor de participações da Sercomtel, Alysson de Carvalho. Os três são considerados suspeitos no inquérito policial que investiga a denúncia de tentativa de suborno ao vereador Amauri Cardoso (PSDB), para que ele votasse contra a abertura de Comissão Processante (CP) no caso Centronic. Ortega e Carvalho já estão presos na PEL 2.
Na tarde desta quarta (2), o prefeito Barbosa Neto prestará depoimento ao delegado do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado Gaeco, Alan Flore, na prefeitura, às 14 horas. O delegado tem até esta quinta (3) para concluir o inquérito policial.
O flagrante da entrega de R$ 20 mil ao vereador ocorreu em 24 de abril e resultou de imediato na prisão do empresário Ludovico Bonato e do ex-secretário de Governo Marco Cito, que continuam detidos na PEL 2.
Defesa
O advogado de Rogério Ortega e Alysson de Carvalho, João Gomes, classificou as prisões como desnecessárias. Ele informou que não vai tentar reverter o pedido na Justiça porque o prazo para o Gaeco encerrar o inquérito é quinta-feira (3) e, na avaliação dele, após a conclusão das investigações, não há necessidade de os dois continuarem detidos.
Na avaliação de Gomes, as prisões são "midiáticas". Segundo o advogado, que também defendo o ex-secretário de Governo Marco Cito, as prisões possuem um objetivo que é colocar "pedras de tropeço no governo Barbosa Neto". "Eu lamento que no Brasil se decrete prisão preventiva e temporária e não se puna ninguém", comentou.
O advogado que defende Eloir Valença, André Cunha, também criticou a prisão do vereador e disse que vai autorizar a quebra dos sigilos bancário e telefônico do cliente. Cunha também questionou como uma testemunha se torna suspeita em um inquérito em menos de 24 horas e tem a prisão temporária decretada.
"Vamos pedir que o juiz esclareça isso, qual elemento que determina a mudança da condição jurídica dele", afirmou. O advogado informou que vai interpor um pedido de habeas corpus em Curitiba ainda nesta tarde.
Alysson de Carvalho e Eloir Valença passaram mal no Gaeco e receberam atendimento do Samu. Valença precisou ser encaminhado ao Hospital do Coração. Carvalho e Rogério Ortega deixaram o Gaeco por volta das 13h20 em direção à PEL 2.

A assessoria de imprensa da Prefeitura de Londrina disse ao JL que o prefeito Barbosa Neto não vai se manifestar sobre a prisão do chefe de gabinete, Rogério Ortega.

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