Denir estava internada na Santa Casa de Abatiá e na manhã de terça-feira passou mal. Ela foi encaminhada para uma consulta na Santa Casa de Cornélio Procópio. Segundo a família, o médico disse que ela não ‘tinha nada’ e a liberou. Denir voltou para Abatiá. Por volta das 13 horas, o quadro se agravou. Sem conseguir vaga em Cornélio, em uma atitude desesperada, o marido João Ribeiro da Silva (FOTO) resolveu levá-la para Santo Antônio da Platina.
Chegando no Pronto Socorro por volta das 15h30, a dona de casa foi atendida, mas em seguida, o marido disse que os funcionários viram a ambulância de Abatiá e começaram a hostilizá-lo, dizendo que não poderiam atender. O motorista da ambulância, José Contijo, o Fião, disse que em 10 anos de profissão nunca viu uma humilhação tão grande. "A família errou, eles tentaram se passar por moradores de Santo Antônio, mas quem pode condená-los em uma situação dessas?".
Depois de uma hora, a secretária de Saúde de Abatiá, Mara Cristina Carvalho, conseguiu uma vaga pela Central de Leitos na Santa Casa de Cornélio. Após a penosa viagem, minutos depois de dar entrada no hospital ela morreu, por volta das 19 horas. O corpo foi enterrado na tarde de anteontem no Cemitério Municipal de Abatiá.
A secretária de Saúde disse que a família foi a revelia a Santo Antônio da Platina, mas deixou claro que condenou o tratamento dado a Denir. "É uma vida em risco, não importa onde mora, a obrigação dos profissionais de saúde é cuidar de todos os doentes". Ela explicou que o caso de Denir exigia um hospital de porte mais avançado que o de Abatiá. A família está revoltada e pretende acionar a Justiça.
A reportagem procurou o enfermeiro-chefe responsável pelo plantão do dia, porém as informações são de que ele está de licença médica e só retorna ao trabalho no sábado. A enfermeira Maristela Moretti Albuquerque de Souza, no entanto, disse que não estava no dia, porém garantiu que os registros constam que Denir recebeu atendimento.
FONTE - TANOSITE
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