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“A primeira vez que sofri preconceito foi há muito tempo. Eu frequentava um salão de beleza e as proprietárias ficaram sabendo que eu tinha a doença. Um dia cheguei lá para fazer as unhas e fui informada que não seria atendidada”, disse a administradora.
Alessandra contou que "ficou sem chão" quando descobriu que tinha a doença, em 11 de outubro de 1998. "Essa data nunca saiu da minha cabeça. Foi o dia em que descobri que era portadora do vírus HIV. Meu marido estava muito doente, com dores no estômago e febre alta. Foram feitos dois exames, e o de HIV deu positivo", relatou Alessandra."Naquela época não tinha muitos recursos e a doença não era conhecida, mas recebemos todo o apoio da família. Eu me preocupava com meu marido, que estava muito debilitado, e ele se preocupava comigo. Foi um sofrimento em família, mas eu me fortaleci. Eu tinha que ficar bem para cuidar dele e da minha filha, que na época tinha apenas 13 anos”.

prevenção à Aids (Foto: Fernanda Zanetti/G1)
A filha de Alessandra do primeiro casamento, Natália Aparecida Modesto Faustino, 26 anos, contou que não foi fácil quando descobriu que a mãe tinha o vírus. “Foi muito difícil e fiquei revoltada, porque havia acabado de perder minha avó. Fiquei arrasada, pensava que minha mãe também ia morrer. Era o que a gente pensava na época”, contou.
“Eu evito contar sobre a doença da minha mãe para os outros, porque até hoje ainda existe o preconceito. É mais tranquilo em relação ao passado, mas ainda permanece”, relatou Natália. Atualmente, Alessandra trabalha com o marido em uma oficina mecânica e também é voluntária e palestrante do Centro de Apoio aos Portadores do Vírus HIV/Aids, Hepatites Virais e Câncer de Piracicaba (Caphiv).
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