terça-feira, 22 de outubro de 2013

Família de jovem morta após atendimento hospital de Londrina alega negligência médica

A jovem, de 15 anos, deu entrada no Hospital da Zona Sul no último dia 14. Mesmo tendo sofrido um acidente de carro, o médico que a atendeu teria dado alta sem exames. Cinco dias depois ela morreu

A família da jovem Carolyn Cauane da Silva Costa, de 15 anos, registrou um boletim de ocorrência contra o Hospital da Zona Sul (HZS) em Londrina. A alegação dos familiares é que a equipe médica do hospital foi negligente no atendimento à jovem, que acabou morrendo depois de ter sido atendida na unidade de saúde.

Carolyn era passageira de um veículo que sofreu um acidente na madrugada do último dia 14, na rodovia PR-445 próximo à UEL. Ela foi encaminhada para o HZS reclamando de dores no peito e na cabeça. “O médico que fez o atendimento nem sequer a examinou. Ele receitou um remédio e liberou minha irmã, mesmo sabendo que ela tinha sofrido um acidente de carro”, contou Jhenifer Caroline da Silva Costa, irmã de Carolyn.

As dores aumentaram durante a semana e na sexta-feira (18) ela voltou ao hospital. O estado de saúde da adolescente era crítico e ela acabou morrendo após dar entrada na instituição. “Não sei o que fizeram com ela, porque não pude entrar junto. Só sei que se tivessem atendido minha irmã direito da primeira vez, ela estaria viva, aqui com a gente”, desabafou Jhenifer.

A causa da morte pode demorar até três meses para ser conhecida. O Instituto Médico Legal (IML) de Londrina, segundo a família, demorou cerca de sete horas para retirar o corpo da jovem do hospital e encaminhou a documentação para a central de Curitiba. Segundo Jhenifer, a certidão de óbito e os prontuários médicos ainda não foram disponibilizados para a família.

O diretor-clínico do HSZ, Aparecido Andrade, se disse “tranquilo” com a situação. Segundo ele, o atendimento da jovem foi feito segundo todos os protocolos do hospital. Sobre o segundo atendimento, Andrade garante que foram feitos exames que não apontaram danos neurológicos. “Ela passou por avaliação neurológica e não apresentou danos”, afirmou. Sobre o primeiro atendimento, ocorrido há uma semana, o diretor não se pronunciou. “Isso foi quatro, cinco dias antes”, comentou.

A irmã da adolescente alega que os prontuários médicos do dia da morte da irmã foram assinados pelo diretor-geral do HZS, Weber de Arruda Leite, e não pelo médico que a atendeu. Para Andrade essa é uma atitude corriqueira. “Este é um hospital de emergência. Foi uma correria muito grande para salvar a vida daquela jovem. É necessário que os prontuários sejam assinados para que o SUS pague o procedimento. É normal que o diretor assine o documento”, explicou. (Redação Jornal de Londrina)



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