segunda-feira, 10 de março de 2014

Esposa de trabalhador que sofreu acidente em borracharia reclama do atendimento na Saúde


A Dona Tereza de Souza Aguiar Rocha, esposa do Sr. João Henrique Rocha Neto, mais conhecido como “João Borracheiro”, que sofreu um grave acidente no dia 16 de janeiro em uma borracharia próximo ao pontilhão da Vila Popular, procurou a imprensa procopense para reclamar do péssimo atendimento que recebeu na Santa Casa e da demora do SUS em realizar duas cirurgias que o trabalhador precisa.

Segundo a Dona Tereza, o seu marido foi operado pelo SUS na Santa Casa e supostamente o médico teria dito a ela que a cirurgia devia ser feita pelo modo particular, que garantiria um melhor acompanhamento clínico, mas sem o dinheiro, a mulher foi obrigada a depender do sistema público e fez sérias críticas ao clínico que a atendeu.

Dona Tereza afirmou ainda, que o médico deu um atestado para o Sr. João de apenas 15 dias, quando o seu marido ainda corria risco de morte e já em sua casa, João piorou, mas contou com a ajuda de uma enfermeira do Posto de Saúde da Vila Santa Terezinha e uma médica de Londrina que ali atende, que ao examiná-lo, viram que os ferimentos lacerantes que sofreu, estavam muito inflamados e o encaminharam novamente para internamento.


Na Santa Casa, o Sr. João foi pessimamente atendido e tinha até que tomar banho sozinho em uma cadeira de rodas, apesar de não poder mexer o braço e perna recentemente operados, que ainda estavam muito inchados, reclamou a Dona Tereza, afirmando que os enfermeiros tinham conhecimento das dificuldades do marido, mas indiferentes à situação, não o ajudavam.

Conforme o relato da senhora, após a melhora do companheiro e sua alta, ela o levou a sede da Regional de Saúde, onde um ortopedista examinou os membros afetados do Sr. João, que ainda estavam bastante prejudicados e sem movimentos.

O médico achou melhor encaminhar paciente a um hospital especializado em Curitiba, para que ele fizesse pelo menos duas cirurgias, o que devolveria os movimentos da perna e do braço, mas as operações foram marcadas para o fim do mês de maio e a Dona Tereza gostaria que fossem realizadas o quanto antes, pois ambos estão sofrendo muito e ela conta com ajuda do poder público, que poderia agilizar no andamento, diminuindo o tempo de espera e a ansiedade de ambos.

Dona Tereza voltou a salientar sobre o descaso na Santa Casa, pois segundo a mulher, não é só o seu marido que passou pela humilhação por parte dos atendentes e pela má educação dos médicos, mas sim vários pacientes que não têm como pagar por um tratamento mais digno.

Em conversa com o Dr. André Fonseca, médico plantonista que atendeu o Sr. João no dia acidente, ele lamentou o fato da Dona Tereza ter ficado insatisfeita com a sua atuação e disse que fez de tudo para oferecer o melhor atendimento para o paciente em questão, porém o estado dele era grave e deveria ter um melhor acompanhamento, mas o sistema de saúde, não só em Cornélio Procópio, mas em todo o país é precário e quem acaba sofrendo é a população, que culpa diretamente os médicos, que muitas vezes não têm a estrutura e apoio que deveria ter por parte do poder público.

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