
As cartas escritas pela freira de Schoenstatt irmã Mariavirgo foram devolvidas ao colégio quase 50 anos depois de serem remetidas. Com a descoberta, os materiais devem ir para o acervo do colégio, fundado em 1936.
A irmã Mariavirgo, nome que faz referência a Virgem Maria, se chamava Gabriele Moser. Ela veio da Alemanha para o Brasil em 1935, junto com outras religiosas. Depois, chegou a Londrina um ano depois, vinda de Jacarezinho, também no norte do Paraná.
O destinatário descrito nos envelopes é o pai de Gabriele, Ludwig Moser, morador da pequena cidade de Geislingen. Foram encontradas três correspondências, todas apresentando o selo de censura do Terceiro Reich.
"Essas cartas foram encontradas na coleção da irmã Maria Wilfried, que trabalhava na escola de música. Quando achamos, ficamos curiosos em descobrir o que estava escrito nessas cartas, por ser da época da Segunda Guerra Mundial”, relata o arquivista Amauri Gomes.
"Foi uma surpresa grande quando encontramos as cartas. Pelos envelopes, vimos que eram cartas censuradas pelo nazismo e ficamos curiosos, nos perguntando 'o que contêm essas cartas para serem censuradas, o que a irmã estaria contando'", diz Elenice Dequech, voluntária que auxilia na organização do acervo histórico do colégio.
As cartas foram encaminhadas para uma religiosa do colégio, que iniciou a tradução do texto. Ela conheceu a própria irmã Mariavirgo, que ficou no no colégio até falecer. "Vamos interpretá-las devidamente, e que fique uma nova fonte para ver o quanto essas irmãs se dedicaram", diz a irmã Maria Fernanda Balan, que auxiliou na tradução dos textos durante a reportagem. (Redação G1 PR / Foto: Rodrigo Saviani)
Nenhum comentário:
Postar um comentário