sexta-feira, 25 de abril de 2014

Incêndios sobrenaturais desalojam família na zona norte de Londrina

Uma família moradora na zona norte de Londrina está, há aproximadamente um mês, sofrendo com manifestações que consideram sobrenaturais em uma série de pequenos incêndios sem explicações dentro de casa. Móveis, colchão, roupas, televisão têm sido alvos constantes de fogo inexplicável, que a família diz começar do nada e segundo testemunhas, é difícil de apagar. A última manifestação ocorreu no final da tarde do domingo de Páscoa (20), quando boa parte dos objetos queimaram no interior do pequeno barraco de mais de 20m² em uma área de ocupação nos fundos dos Cilos 3.

De acordo com o desempregado Diego Henrique de Oliveira Melo, 27 anos, a mulher Cassiana Queli Gonçalves dos Santos de Almeida, 33 e as filhas dela de 8 e 6 anos, estão assustadas e não querem mais morar no imóvel. "Há um mês estamos sofrendo com incêndios misteriosos em casa. Do nada, pega fogo em roupas, objetos, móveis, várias vezes no dia. Isso é coisa de espíritos. Minha mulher não quer mais voltar para casa. E desde domingo (20) estamos dormindo na casa dos outros", afirmou.

Coincidentemente, as manifestações começaram quando descobriram que a balconista Cassiana estava com câncer e ela iniciou o tratamento da doença. "E o fogo tem acontecido nos objetos dela e das meninas. Há casos da gente estar apagando um foco e outro, do outro lado da casa, estar acontecendo no mesmo instante. Estamos morando há pouco mais de um ano aqui e há um mês este fogo tem sido um tormento para nós", comentou Melo.

Ele, que se declara espírita e com poderes mediúnicos, garante ter visto em várias das manifestações o espectro de um espírito tentando fazer contato com a Cassiana. "Porém, ela que também é médium e só não manifestou isso ainda, não acredita e está ficando mais assustada", ressaltou, citando que o espírito, por não conseguir fazer o contato com a sua mulher, acaba "se irritando e provocando estes incêndios".

Tanto que desde que começaram a haver as manifestações, já estiveram no pequeno imóvel um padre, pastores, espíritas e umbandistas, procurando apresentar uma explicação para este fenômeno. Até mesmo um parapsicólogo já foi consultado.

"Só que cada um dá uma explicação totalmente diferente da outra. Um diz que é coisa do demônio, outro que é espírito se manifestando, e até que é coisa da cabeça da Cassiana que estaria provocando este fogo. O que queremos é uma explicação e ter paz na nossa vida", comentou, citando que desde domingo as meninas foram morar com o ex-marido de sua mulher.

O que tem chamado a atenção é que estes incêndios só se manifestam na presença de Cassiana e na casa deles. "Na casa dos outros não tem se manifestado. E por conta disso, a Cassiana não quer mais nem as roupas e objetos que deixamos na nossa casa", enfatizou.



Histórico familiar

Estes casos dos incêndios inexplicáveis não são os únicos na família de Diego Melo. Em 2012 as manifestações começaram na casa de sua mãe, Vera Lúcia Janssante de Oliveira Melo, 62 anos, ainda em Londrina. Por conta dos incêndios, a família acabou se mudando para a região metropolitana de Curitiba, onde passaram por três municípios e uma série de pequenos incêndios foram registrados, inclusive destruindo uma das casas onde moraram.

Em abril de 2013, a casa da mãe de Vilma, na Vila Recreio, região central de Londrina, foi totalmente destruída por um fogo misterioso. "E coincidiu com a morte de um familiar nosso naqueles dias. Agora, um ano depois, estas manifestações recomeçam, justamente com a minha nora", afirmou Vera Lúcia, que está acolhendo o filho e Cassiana temporariamente.

"Eles estão dormindo cada dia na casa de um, sem ter um local para ficar. Chegaram a dizer que preferem viver como andarilhos, sem ter o que queimar do que ficar nesta vida. Mas a gente não vai deixar que isso aconteça. E vamos todos sair desta", salientou.

Como o casal perdeu praticamente tudo, eles pedem que quem puder ajudar com doação de objetos, roupas ou material de construção, entrem em contato pelo telefone (43) 8438-7795 e falem com Diego. (Redação o Diário / Fotos: Alexandre Sanches)

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