quinta-feira, 3 de julho de 2014

Imprudência na BR-369 põe cidades da região em alerta

A frequência de acidentes na BR-369 entre Bandeirantes e Andirá preocupa os moradores que usam a rodovia diariamente, além de autoridades da região. A imprudência é apontada como a principal causa dos acidentes. Entre outras possíveis causas estão o excesso de curvas, a sinalização inadequada e a ausência da terceira faixa em alguns pontos do trecho de 16 quilômetros onde são registradas ocorrências quase que diariamente. Desde o ano passado, o local registrou também dois graves acidentes.

Atender ocorrências no trevo da BR-369 com o contorno de Bandeirantes, na saída para Andirá, tornou-se rotina para o sargento José Alencar de Almeida, do Corpo de Bombeiros. Apesar da incidência, o trevo só ganhou destaque após o acidente com o ônibus de sacoleiros de São Paulo que matou oito pessoas e deixou 25 feridas em abril deste ano.

O contorno tem um ponto cego em descida, no sentido para Andirá, o que favorece o aumento da velocidade antes da aproximação com o trevo. A visibilidade prejudicada, aliada ao excesso de velocidade, teria sido resultado no acidente com o ônibus de turistas.

Outro grave acidente registrado no trecho ocorreu no início de fevereiro de 2013, perto do Rio das Cinzas. Um ônibus de transporte de trabalhadores rurais, em precárias condições de uso, desgovernou-se saindo da pista e matando cinco operários da concessionária de pedágio Econorte que trabalhavam no acostamento.

No sentido contrário, o motorista que vem de Andirá e não conhece a rodovia, só vai perceber que existe o contorno com uma curva acentuada quando está perto do local. Os motoristas são obrigados a fazer manobras rápidas para permanecerem na pista, o que, muitas vezes, tem causado o tombado de caminhões. Por este motivo, o local ficou conhecido como "curva do tombo".

Para o sargento Alencar, o número de acidentes poderia ser resolvido com melhor sinalização e com redutores digitais de velocidade, a exemplo dos instalados em Cornélio Procópio e na entrada de Santa Mariana.

A secretária Juliana Xavier mora em Bandeirantes e trabalha em Andirá. Ela diz observar diariamente a imprudência de motoristas que usam aquele trecho da rodovia. As ocorrências mais comuns, para ela, são o excesso de velocidade e as ultrapassagens em locais não permitidos, inclusive sobre a ponte no Rio das Cinzas, que fica na divisa dos dois municípios.

Como solução, Juliana sugere a instalação de redutores de velocidade e a reativação do posto da Polícia Rodoviária Federal que funcionava na antiga praça de pedágio entre Andirá e Cambará. "Uso esta rodovia diariamente e nunca vi uma viatura da Polícia Rodoviária passando pelo local. Para mim, falta policiamento." Ela revela a intenção de fazer um abaixo-assinado com os moradores de Andirá e Bandeirantes para que o posto seja reativado.

A reportagem da FOLHA entrou em contato com a concessionária Econorte, que administra o trecho da BR-369 no Norte do Paraná, mas não obteve retorno. (Redação Eli Araújo para a Folha de Londrina)

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