segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Cratera de 15 metros engole rua e centro poliesportivo em Umuarama

A Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil está analisando, desde quinta-feira (21), um projeto para conter o crescimento de uma cratera que se abriu em 2011 no Centro Poliesportivo de Umuarama, no noroeste do Paraná. O buraco tem preocupado moradores vizinhos ao complexo, que dizem que a erosão tem aumentado nos últimos dias.

A cratera acabou engolindo o ginásio e uma rua inteira, com o passar do tempo. Atualmente, a erosão já tem 15 metros de profundidade, 150 metros de comprimento e 30 metros de largura, de acordo com a Defesa Civil. Mesmo com o iminente risco de o buraco atingir as casas do entorno com novas chuvas, conforme os próprios moradores, a prefeitura afirma que ainda não há previsão para começar os trabalhos de contenção do fenômeno geológico, já que depende do repasse federal.

O plano de trabalho para conter a cratera foi entregue ao Ministério de Integração Nacional em junho, segundo a prefeitura. Ainda sem a liberação do dinheiro do governo federal, porém, o secretário de Habitação de Projetos Técnicos, Márcio Maia, afirma que a administração municipal não tem condições de começar as obras. "Sem esse suporte financeiro, a prefeitura não deve realizar a obra, pois não possui recursos. Não queremos fazer um serviço paliativo”, pontua.

Os moradores garantem que algumas casas já estão com a estrutura abalada. “Antes eram dois buracos, mas agora eles formaram uma grande cratera. Sabemos que algumas casas estão com as estruturas abaladas por conta da erosão”, conta o morador Fernando Perassoli.

A Defesa Civil, no entanto, afirma que a situação não é alarmante e que os moradores não precisam se preocupar. “Não há risco de desabamento de qualquer casa ali da região. Precisa chover muito e por vários dias para começar a preocupar”, diz o inspetor Enivaldo Ribeiro. “A área é monitorada com muita frequência pela Defesa Civil. Acompanhamos todas as movimentações do terreno e inclusive se as casas podem ser atingidas pelo avanço da erosão”, acrescenta.

Pelo projeto enviado para o Ministério da Integração, a obra deve contar com uma nova galeria para captação da água da chuva – com dimensões maiores do que as atuais -, com um novo canal de concreto, um dissipador de energia do fluxo da água e novas camadas de terras serão jogadas em cima da erosão. (Redação G1 PR / Foto: Fernando Perassoli)

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