"Sem exceção, chamo todos os brasileiros para nos unirmos em favor de nossa Pátria, nosso País, nosso povo. Não entendo que essas eleições tenham divivido o País ao meio. Em lugar de ampliar divergências, criarmos fosso, tenho forte esperança de que a energia mobilizadora tenha preparado um bom terreno para a construção de pontes", afirmou a presidente reeleita.
Para ela, as divergências devem ser usadas para melhorar o diálogo. "O calor liberado no fragor da disputa pode e deve agora ser transformado em energia construtiva de um novo momento no Brasil. Com a força desse sentimento mobilizador é possível encontrar pontos em comum e construir com eles uma primeira base de entendimento para fazer nosso País avançar", disse ela.
"Nas democracias maduras, união não significa necessariamente unidade de ideias. Nem ação monolítica conjunta. Em primeiro lugar, abertura e disposição para o diálogo. Esta presidenta aqui está disposta ao diálogo e é este o meu primeiro compromisso para o segundo mandato, o diálogo."
A presidente reeleição disse que o caminho apontado pelos eleitores, ao decidirem por dar-lhe mais um mandato, é muito claro. "Algumas palavras e temas dominaram essa campanha. A palavra mais repetida, mais dita, mais falada, mais dominante foi mudança. O tema mais amplamente invocado foi reforma. Sei que estou sendo reconduzida à Presidência para fazer as grandes mudanças na sociedade brasileira. Naquilo que meu esforço e meu poder alcança, podem ter certeza de que estou pronta a responder a essa convocação", prometeu ela.
"Entre as reformas, a primeira e mais importante, deve ser a reforma política. Meu compromisso, como ficou claro durante toda a campanha, é deflagrar essa reforma, que é responsabilidade constitucional do Congresso e que deve mobilizar a sociedade num plebiscito, por meio de uma consulta popular", afirmou ela. Dilma anunciou ainda que terá um compromisso rigoroso também com o combate à corrupção, criando instituições de controle. "Proponho mudanças na legislação atual, para acabar com a impunidade, que é protetora da corrupção."
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