sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Projeto executivo vai contemplar extremos do Trem Pé Vermelho entre Londrina e Maringá

A Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Seil) confirmou na quarta feira (22), o recebimento, no dia 20 de outubro, da autorização do Ministério das Cidades para dar continuidade ao processo de contratação do projeto executivo para as obras das duas extremidades do Trem Pé Vermelho, o que contempla o trecho entre Paiçandu, Maringá e Sarandi e o trajeto entre Ibiporã, Londrina e Cambé.

Após incluir a proposta do governo do Paraná, no final de junho, no PAC da Mobilidade, e garantir R$ 10,7 milhões para a execução dos projetos, o ministério solicitou o desmembramento do Trem Pé-Vermelho para garantir a liberação do dinheiro. Nesta semana, a proposta de desmembramento recebeu a aprovação. Agora, a Seil estima que vão ser necessários mais seis meses para atender aos trâmites burocráticos e a Caixa Econômica Federal liberar o dinheiro para a abertura da licitação.

O Ministério das Cidades determinou o desmembramento por uma série de fatores, como a maior viabilidade econômica apontada em estudos para os dois trechos, o fato das cidades contempladas estarem conurbadas e terem as melhores condições de infraestrutura urbana para a implantação do trem de passageiros.

Apesar do Estudo de Viabilidade Técnica Econômica e Ambiental, confeccionado pelo Laboratório de Transportes e Logística (LabTrans), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), indicar a viabilidade do empreendimento em todo o trecho, de Ibiporã a Paiçandu, o trabalho indicava que " a solução economicamente mais viável, oriunda dos resultados dos estudos de demanda, seria criar de imediato apenas dois sistemas", nos extremos. Da demanda estimada de 36 mil passageiros por dia, para todo o trecho, cerca de 70% se concentram nas seis cidades que ficam nos extremos do projeto.

O diretor-executivo da Agência de Desenvolvimento Terra Roxa, Alexandre Farina, afirma que a entidade apresentou várias argumentações ao Ministério e tentou articular a contratação de todo o trecho. "Vamos continuar a trabalhar para que não haja uma desconexão da proposta original, mas esta é uma limitação que foi imposta pelo Ministério das Cidades", afirmou.

Mesmo sem o aval para todo o trajeto, Farina avaliou que a conquista dos recursos para os projetos executivos das duas extremidades é positiva. "Sem o estudo e sem a demonstração de demandas cidades conurbadas, não teria passado pelo crivo do ministério", disse. Os estudos indicam seis estações e dois Veículos Leves sobre Trilhos (VLT´s), com capacidade para cerca de 380 passageiros, para cada um dos trechos selecionados. (Redação O Diário)

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