Indústrias de alimentos, agricultores e pecuaristas do oeste, sudoeste e norte do Paraná estão tendo que suspender a produção por causa dos bloqueios nas estradas provocados por caminhoneiros em greve.Em Medianeira, a Frimesa informou os produtores que o leite deixará de ser recolhido a partir da 0h de quarta-feira (25). O mesmo deve acontecer na fábrica da Latco, no sudoeste. Frigoríficos em Francisco Beltrão, Dois Vizinhos e Toledo deixaram de fazer o abate de aves.
Na Central de Abastecimento do Paraná (Ceasa) em Foz do Iguaçu, alguns produtos hortifrutigranjeiros também começaram a faltar. Das cargas que conseguem chegar, metade precisa ir direto para o lixo por estarem estragadas. Com a escassez, o preço de alguns produtos mais que dobrou. O saco de batata subiu de R$ 50 para R$ 100, a caixa de cenoura aumentou de R$ 45 para R$ 75 e a de chuchu de R$ 30 para R$ 80.
Desde segunda-feira (23), duas fábricas da BRF, que detém as marcas Sadia e Perdigão, interromperam o abate de frangos e perus porque não estão conseguindo transportar os produtos. Seis mil funcionários tiveram de ser dispensados. A fábrica de Toledo está operando com apenas 70% da capacidade, sendo preciso diminuir o abate e o alojamento de aves.
Em Londrina, as atividades foram paralisadas na Confepar Agro-Industrial. Segundo a direção da cooperativa, desde sábado não é possível captar o leite produzido.
Estoques de açougues e supermercados já estão sendo afetados. Levantamento realizado pelo Portal Bonde na terça-feira (24), dá conta de que alguns estabelecimentos de pequeno porte têm carne para os próximos dois dias apenas.
A carne que vem para Londrina encomendada no Mato Grosso por alguns estabelecimentos está parada em um protesto de caminhoneiros no município de Jaguapitã, 46 km ao norte de do município.
Outra carga de frango, vinda de Rolândia, também está parada em uma manifestação realizada pelos caminhoneiros na PR-445, em Cambé.
A rede Cidade Canção, que tem centro de distribuição em Maringá, não conseguiu despachar mercadorias para as unidades de Londrina. Alguns estabelecimentos da rede começaram a informar aos clientes que alguns produtos devem faltar até o final da semana.
Em Cornélio Procópio começou uma corrida até os postos de gasolina, inclusive formando um congestionamento no final da tarde de terça feira (24),no centro da cidade.
De acordo com informações, alguns postos da cidade chegaram a cobrar R$4,00 o preço do litro da gasolina e a população já conta com a falta de determinados produtos nas prateleiras dos supermercados e pequenos comércios de alimentos. (Com informações G1 PR e Portal Bonde)
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