quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Motoristas e cobradores ameaçam greve em Londrina

Arquivo/Folha - A última greve da categoria aconteceu em Londrina no início de 2013Trabalhadores do transporte coletivo se reuniram em assembleia no início da manhã desta terça-feira (10) em Londrina com o objetivo de discutir a falta de pagamento do chamado Programa de Participação de Resultados (PPR), prometido pelas empresas  de ônibus em acordo coletivo firmado com a categoria no ano passado. Alguns funcionários, mais exaltados, chegaram a sugerir a aprovação de um indicativo de greve, mas a maioria decidiu esperar pela próxima sexta-feira (13), quando o benefício deve cair na conta de todos os motoristas e cobradores. "O pagamento deveria ter sido feito hoje, mas as empresas alegaram, em comunicado enviado aos trabalhadores, que não conseguiu levantar os recursos financeiros necessários para efetuar os depósitos", explicou o diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Londrina (Sinttrol), João Batista da Silva, em entrevista ao Bonde nesta terça.
Segundo ele, as empresas chegaram a sugerir pagar o PPR só em abril deste ano, mas a proposta foi rechaçada pela categoria. "Vamos esperar pela sexta-feira e fazer nova assembleia para analisar se as empresas cumpriram com o combinado", afirmou. Na avaliação de Silva, a falta de pagamento pode acabar em greve. "Alguns funcionários devem fazer um protesto na garagem dos ônibus na manhã desta quarta-feira, e o sindicato estará lá para apoiá-los", adiantou. 

O presidente do Sinttrol explicou que o PPR foi criado para substituir o anuênio da categoria. "Na prática, é a mesma coisa. Eles só mudaram o benefício para evitar que o pagamento incida sobre os encargos tributários e, consequentemente, influencie no aumento da tarifa", destacou. 

Cada funcionário recebe, anualmente, 60% ou mais de seu salário mensal por meio do PPR. Os custos totais das empresas com todos os trabalhadores ultrapassam o R$ 1,5 milhão. 

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