terça-feira, 10 de março de 2015

Homem passa mal em banco e morre após esperar 30 minutos pelo Samu em Londrina

Arquivo Bonde - Cinco das oito ambulâncias do Samu quebraram entre sexta-feira e o domingoUm homem de 55 anos morreu vítima de uma parada cardiorrespiratória no interior de uma agência bancária localizada na altura do número 577 da avenida Higienópolis, área central de Londrina, durante a manhã desta segunda-feira (9). De acordo com informações confirmadas pela Secretaria Municipal de Saúde, Geraldo Lopes da Silva veio a óbito após esperar 31 minutos pelo atendimento do Samu.

O socorro foi acionado às 10h06, mas só chegou ao banco às 10h37. "Entre sexta-feira e domingo, cinco das oito ambulâncias do Samu foram enviadas para manutenção. Na manhã de hoje, o serviço operava com apenas três viaturas, que estavam todas ocupadas no momento da ocorrência", explicou o secretário interino de Saúde, Baltazar Gôngora, em entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira.

De acordo com o gerente do Samu em Londrina, Cleiton José Santana, o serviço de regulação recebeu a informação, às 10h06, de que o homem estava passando mal, mas continuava consciente. "No entanto, o paciente piorou e as pessoas que estavam no banco acionaram o Siate, que foi até o local e forneceu os primeiros atendimentos a ele", contou. Segundo ele, a parada cardíaca teria sido causada por um infarto.

A ambulância avançada do Samu, necessária para a referida ocorrência, estava no conjunto União da Vitória (zona sul) atendendo uma grávida de gêmeos. Conforme Santana, o veículo precisou deixar a mulher na Maternidade Municipal antes de seguir para a agência bancária. "Quando o Samu chegou ao local, realizou todas as manobras necessárias (para tentar salvar a vida do homem), que estão previstas no protocolo de atendimento às vítimas de parada cardiorrespiratória. O paciente foi entubado e recebeu massagens cardíacas e dez ampolas de adrenalina (na veia), mas, infelizmente, não sobreviveu", garantiu o gerente.

Cleiton Santana não soube responder quando foi questionado se o Samu poderia ter salvo a vida do homem caso tivesse chegado ao banco em menos tempo. "Vários fatores podem ter influenciado nesse caso, como o tipo de infarto, a área cardíaca lesionada... É uma resposta que nem o médico que atendeu o homem tem", afirmou. O gerente do serviço disse, entretanto, que o Samu costuma atender vítimas classificadas como risco alto - caso de Silva - em, no máximo, dez minutos. "No entanto, temos que analisar as condições das viaturas, a distância percorrida e outros fatores que, nesse caso, influenciaram no atendimento", destacou.

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