sábado, 21 de março de 2015

Richa sobre Abi: "tenho relação social com ele como com várias pessoas"

O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), disse nesta sexta-feira (20), durante evento na Assembleia Legislativa (Alep), que as pessoas estão tentando "colar" sua imagem à do empresário Luiz Abi Antoun, preso pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Londrina, sob suspeita de ganhar uma licitação de forma irregular. Conforme as investigações, o corretor de imóveis, que é primo do tucano, é um dos donos da oficina Providence Auto Center, contratada de forma emergencial pelo governo do Estado para consertar os veículos oficiais da administração no ano passado.

"Até pelo Código Civil, é um parentesco tão distante que não é nem considerado parente. Mas, enfim. Está lá (detido), se deve tem que pagar e está sendo investigado", afirmou Richa. Ele negou também que Abi seja uma pessoa influente no Executivo, como se comenta nos bastidores do Palácio Iguaçu e da Alep. "Tenho relação social com ele como com várias outras pessoas. Todos sabem que eu tenho muitos amigos, um grande círculo de relação social. Agora, jamais posso responder por erros de qualquer uma dessas pessoas", completou.

Richa defendeu, ainda, que todos os culpados sejam responsabilizados, desde que haja "consistência" nas denúncias. "Eu nunca me escondi. A minha vida é um livro aberto. Todos sabem que eu sou intolerante com ilicitudes, com desvio de conduta, muito menos corrupção. Já tenho praticamente dez anos entre Prefeitura de Curitiba e governo do Estado. Nunca tivemos denúncias, porque eu sou muito atencioso com essas questões", afirmou. "Lembro também que o Gaeco é uma cooperação do Ministério Público com o governo do Estado. Foi fortalecido recentemente na minha administração, aumentando o número de policiais que o governo cede para as operações".

O governador esteve na Alep na manhã de hoje para participar, ao lado do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), da inauguração do programa "Câmara Itinerante", que tem como objetivo levar as discussões promovidas na Casa às diferentes regiões do País. O evento teve como foco as propostas de reforma política, em discussão no Congresso. Em seu discurso, Richa disse que é preciso discutir o financiamento de campanha, o fim do fundo partidário e a questão das coligações nas proporcionais. Ele defendeu, ainda, o fim da reeleição - "fui candidato duas vezes porque é regra do jogo" - e a revisão do pacto federativo.

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