A Anistia lembrou que o Estado se utilizou da Polícia Militar (PM) para reprimir "um protesto de professores com uso desnecessário e excessivo da força". "Mais de 200 manifestantes ficaram feridos e, pelo menos, sete estão em detenção. Pressione agora o governador e secretário de Segurança Pública, diga a eles que protesto não é crime", lembrou.
A ação policial foi colocada em prática enquanto os deputados discutiam e aprovavam o projeto de lei, de autoria do Governo do Estado, que alterou o sistema de custeio do ParanaPrevidência, o fundo previdenciário dos servidores.
A Anistia Internacional Brasil já havia divulgado uma declaração pública no último dia 30 expressando preocupação com a repressão policial ao protesto dos professores em Curitiba e pedindo uma investigação completa e imediata sobre os alegados abusos. "É fundamental que a violência seja investigada imediatamente e de forma independente, e que as autoridades de alto escalão sejam responsabilizadas pelo que aconteceu. A polícia não age por conta própria e as declarações das autoridades indicam que a sua avaliação é que o comportamento da polícia foi adequado. Isto é um ataque à liberdade de expressão e ao direito à manifestação pacífica", afirmou, à época, Atila Roque, diretor executivo da Anistia Internacional Brasil.
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