sexta-feira, 1 de maio de 2015

Delegado de Joaquim Távora leva preso para orientar crianças e adolescentes sobre drogas

Uma iniciativa do delegado Rubens José Perez, titular da 35ª Delegacia Regional de Polícia, em Joaquim Távora (112 Km de Cornélio Procópio), tem contribuído com a educação de crianças da cidade. Os alunos da rede pública municipal têm a oportunidade de conhecer como funciona a Justiça quando o assunto é criminalidade. O policial está promovendo uma série de palestras nas unidades educacionais, onde apresenta, com autorização judicial, um preso condenado pelo crime de tráfico de drogas, que por vontade própria, participa dos eventos para testemunhar sua história de vida.

A última palestra aconteceu na Escola Estadual Assad Kalil Richa, no distrito de São Roque do Pinhal e foi acompanhada por dezenas de alunos, que ouviram atentamente as orientações e tiraram várias dúvidas com o detento e o delegado.

“É muito gratificante poder contribuir na formação dessas crianças e adolescentes mostrando a elas os valores e responsabilidades que precisam carregar desde muito cedo. A palestra tem como objetivo esclarecer o que é e como funciona o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), explicar sobre as responsabilidades criminais como injúria, bullying e danos ao patrimônio público, por exemplo, que é o ato infracional, como são aplicadas as medidas socioeducativas e, principalmente sobre a iniciação no tráfico de drogas. São tópicos extremamente importantes para a formação dos cidadãos. Além de toda explanação, os alunos também tem a oportunidade de ouvir o testemunho de um preso condenado a um ano e oito meses de prisão pelo crime de tráfico de drogas”, explicou o delegado.

Marlon Magalhães conta nas palestras que o crime não compensa, e revela como é a vida dentro da cadeia. “Fui preso e condenado por tráfico de drogas e me arrependo muito de ter entrado nessa vida. Por mais que eu diga a verdade são poucas as pessoas que acreditam, e não me resta outra coisa a não ser pagar pelo crime que cometi. Dentro da cadeia é terrível. Aquele lugar não recupera ninguém. O que realmente nos recupera é a nossa mente, por isso é que devemos pensar bastante antes de entrar no mundo do crime para depois não se arrepender. Confesso que consegui avaliar o erro que cometi e estou pronto para retomar a vida em sociedade, mas a maioria das pessoas que cumpre pena deixa cadeia pior do que entrou”, revelou o preso.

O projeto do delegado Rubens Perez está sendo bastante elogiado na rede municipal de ensino, que pretende continuar promovendo as palestras. (Redação e foto: Informe Policial)

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