De acordo com o presidente do Saemac (que representa os funcionários das regiões Oeste e Sudoeste), Gerti José Nunes, a data-base venceu no dia 1º de março e desde então as negociações com a diretoria da companhia não avançaram - até agora só foi oferecida a reposição da inflação, de 7,68%, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Sem aumento real, o salário inicial iria para R$ 1.393,37, valor considerado aquém do ideal pelo sindicalista.
"Como só aceitam dar a reposição da inflação, uma opção para chegar a um valor melhor seria um percentual de participação nos resultados, mas também não concordaram", diz Nunes. Agora, a Sanepar tem até o próximo domingo (17) para reabrir as negociações com uma nova proposta. Caso não o faça, os funcionários deverão entrar em greve em todo o Paraná a partir da próxima segunda-feira (18).
Outro ponto de conflito é a quantidade de cargos comissionados na empresa, o que, segundo Nunes, destoa dos argumentos utilizados pelos diretores durante as negociações. "O discurso de que a Sanepar está passando por dificuldades financeiras não nos convence. Especialmente quando vemos a imprensa divulgar o quanto a Sanepar gasta com os cargos comissionados, aqueles ditos 'estratégicos', mas que ninguém sabe explicar o que fazem dentro da empresa", questiona.
Além do Saemac, Sindael (de Londrina e região), Sindaen (da região Noroeste) e Staemcp (Cornélio Procópio) também aprovaram o indicativo, totalizando cerca de 6 mil funcionários. A categoria atua na base das operações da Sanepar, sobretudo nos processos de captação, tratamento e serviços de esgoto.
A reportagem tentou contato com a diretoria do Sindael, mas ninguém atendeu o telefone do sindicato que representa a categoria em Londrina.
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