sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Presidente da câmara comenta sobre polêmica

Presidente da câmara comenta sobre polêmicaO presidente do legislativo de Jacarezinho,Valdir Pereira Maldonado(foto) divulgou Nota de Esclarecimento no começo da noite desta quinta-feira,dia seis.
O texto é transcrito abaixo na íntegra:

Considerando os noticiários veiculados em inúmeros meios de comunicação, inclusive de alcance nacional, no que diz respeito à suposta tramitação de projeto de lei para reduzir o subsídio dos Vereadores de Jacarezinho, a Câmara Municipal vem a público prestar esclarecimentos quanto aos fatos mencionados em tais matérias.
Quanto à minuta de projeto de lei apresentada por um movimento popular – é preciso esclarecer que, de acordo com a Constituição Federal, Artigo 29, inciso VI, e a Lei Orgânica do Município de Jacarezinho, Artigos 26, inciso XX, e 77, inciso X, não cabe iniciativa popular para fixar ou atualizar o subsídio dos Vereadores, do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secretários Municipais, competindo privativamente à Mesa da Câmara, que é composta por 4 Membros: Presidente (VALDIR PEREIRA MALDONADO), Vice-Presidente (JOSÉ IZAÍAS GOMES – “ZOLA”), Primeiro Secretário (FRANCISCO CARLOS MORAES – “XICO SERRAIA”) e Segundo Secretário (FABIANO FIGUEIREDO SAAD). Cumpre destacar que o subsídio dos Vereadores deve obedecer à regra da legislatura, ou seja, só pode ser fixado para os próximos Vereadores que serão eleitos, isto é, a partir de 2017.
Quanto ao momento para a discussão e votação do subsídio dos Vereadores – o projeto de lei com essa finalidade ainda não está em pauta na Câmara de Jacarezinho. O prazo legal para a sua apresentação é até 30 de abril de 2016, sendo que até o presente momento, a Mesa da Câmara ainda não deliberou sobre a elaboração do referido projeto, havendo bastante tempo hábil para tanto.
Quanto ao encerramento da Sessão Ordinária do dia 3 de agosto de 2015 – na ocasião, o Presidente da Câmara foi obrigado a encerrar a Sessão em virtude do tumulto e da algazarra de alguns manifestantes, o que gerou insegurança a todas as pessoas presentes.
Ainda, no momento não havia possibilidade de solicitar a evacuação do prédio e/ou identificar os indivíduos responsáveis pela gritaria, a fim de se determinar a sua retirada.
Quanto à possibilidade de votação do suposto projeto de lei – ainda que se considerasse como projeto de lei a minuta apresentada pelo Movimento, não poderia ter sido colocado em pauta para votação, uma vez que a Câmara estaria suprimindo fases do processo legislativo estabelecidas no Regimento Interno.
Quanto ao abaixo-assinado entregue na Câmara – vale esclarecer que as assinaturas colhidas pelo Movimento estão sendo analisadas, e até o presente momento foram identificadas diversas irregularidades, tais como a ausência do número de Título de Eleitor, a duplicidade de assinaturas, datas de nascimento futuras (2022, por exemplo), assinaturas de menores de idade, nomes e sobrenomes indecifráveis, pessoas moradoras de outras cidades, etc.
Quanto às atribuições do Presidente da Câmara – dentre outras funções atribuídas pelo Regimento Interno ao Presidente, destacam-se:
dirigir, executar e disciplinar os trabalhos legislativos e administrativos da Câmara Municipal;
requisitar força, quando necessária à preservação da regularidade do funcionamento da Câmara;
dirigir as atividades legislativas, praticando todos os atos que, explícita ou implicitamente, não caibam ao Plenário, à Mesa em conjunto, às Comissões, ou a qualquer integrante de tais órgãos individualmente considerados e, em especial, exercendo as seguintes atribuições: abrir, presidir e encerrar as sessões da Câmara e suspendê-las quando necessário; manter a ordem no recinto da Câmara, concedendo a palavra aos oradores, cassando-a, disciplinando os apartes e advertindo os que se excederem;
exercer atos de poder de polícia, relativamente a atividades da Câmara Municipal, dentro ou fora de seu recinto.
Quanto à ausência de diálogo com os Vereadores – desde o início da manifestação e até o presente momento, nenhum representante popular procurou oficialmente a Câmara para marcar uma reunião com a Mesa Diretora, visando discutir a questão da redução do subsídio, mesmo o Presidente divulgando que estava à disposição para debater o tema. Sem diálogo, não há como se falar de democracia. Deve-se tomar cuidado para que a pretensa democracia não seja convertida em “oclocracia”, a qual, nas palavras do Professor LUIZ FLÁVIO GOMES, “na oclocracia instala-se o abuso, quando a multidão se torna senhora dos negócios públicos.”
Quanto aos anseios da população – apesar de compreender que há um descontentamento geral para com a Administração Pública Municipal, sem se eximir de qualquer responsabilidade que lhe caiba, vale lembrar que o papel da Câmara Municipal é legislar e fiscalizar os atos do Poder Executivo. Nesse sentido, cabe ao Prefeito a criação das 700 vagas na Educação Infantil, a conclusão das casas populares em construção, a realização de tapa-buracos, a distribuição de cestas básicas e remédios, a manutenção dos Postos de Saúde, etc. Para tanto, atualmente o Poder Executivo dispõe de um montante de recursos nunca antes arrecadado na história do Município, sendo que a previsão para 2016 é de aproximadamente R$ 100.000.000,00 (cem milhões de reais). Dessa forma, entende-se que não é desmoralizando o Poder Legislativo que a Administração Municipal vai melhorar.
Por fim, cabe esclarecer, ainda, que o Presidente da Câmara, além de não ter competência para apresentar sozinho o projeto para fixação do subsídio, dependendo dos demais Membros da Mesa, não vota nesse tipo de matéria porque o quórum exigido é maioria simples. De acordo com o Regimento Interno, Artigo 35, o Presidente vota somente “nas hipóteses em que é exigível o quórum de votação de 2/3 (dois terços), maioria absoluta, e ainda nos casos de empate, de eleição e de destituição de membros da Mesa e das Comissões Permanentes e em outros previstos em lei.

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