quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Empresas que prometeram gerar mais de 10 mil empregos têm terrenos retomados

Duas grandes empresas que tiveram terrenos doados em gestões passadas pela Prefeitura de Londrina, terão as posses retomadas pelo poder público por não estarem cumprindo com o que está previsto na lei de doação. Uma delas, a TMT Memory Group, não chegou sequer a entrar em funcionamento, já a Couroada Indústria e Comércio de Couros, funcionou por alguns anos, mas acabou suspendendo as atividades por problemas financeiros.

De acordo com o presidente do Instituto de Desenvolvimento de Londrina (Codel), Bruno Veronesi, a lei dá respaldo para que os terrenos sejam retomados caso a empresa não cumpra com o que foi estabelecido. "Estas empresas não respeitaram o que estava previsto na lei de doação, causando um dano representativo ao erário que não pode ocorrer. Por este motivo, entramos com a solicitação de retomada de posse e vamos ter estes terrenos de volta".

O terreno da empresa TMT tem 100 mil m² e foi doado na gestão Barbosa Neto. A promessa da empresa, especializada em artigos de computadores como pen drives e memórias RAM, era gerar até 10 mil empregos até 2019, com a empresa já em funcionamento. A previsão é de que fossem investidos R$80 milhões em Londrina, o investimento, no entanto, não ocorreu; a empresa sequer foi construída. Por este motivo, no ano passado a administração pública ajuizou uma ação solicitando a retomada da área. O juiz determinou a reintegração de posse em maio deste ano e o terreno já retornou à Prefeitura.

Já o terreno de 363 m² doado à empresa Couroada, que produzia e exportava couro pré-acabado para a Ásia e a Europa, está em tramitação judicial para retornar à Prefeitura. O poder público ajuizou uma ação em agosto deste ano solicitando a retomada da posse, haja vista que a empresa não está mais operando. "A empresa chegou a funcionar em Londrina, gerando cerca de 500 empregos, no entanto, com a crise no mercado internacional ela acabou tendo dificuldades financeiras e precisou fechar", explicou o economista e servidor da Codel, Rubens Bento.

A Couroada Indústria e Comércio de Couros recebeu o terreno da administração pública durante a gestão Nedson Micheleti, em 2007, e previa gerar mais de 1 mil empregos formais na cidade. Como neste caso a ação foi ajuizada recentemente, a posse do terreno ainda não retornou à Prefeitura de Londrina.

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