Um projeto protocolado recentemente na Assembleia Legislativa (AL) do Paraná prevê a criação de mais uma região metropolitana no Paraná. Desta vez, a proposta apresentada por um grupo de deputados tem o objetivo de criar a Região Metropolitana de Cornélio Procópio (RMCP), que vai abranger 18 municípios do Norte Pioneiro, basicamente onde os parlamentares têm boa parte de sua base eleitoral.Os autores justificam que o projeto vai ampliar o acesso da região a políticas públicas, como integração do transporte coletivo, sistemas de saneamento básico e programas habitacionais. "É uma demanda que vem sendo feita por diversas lideranças da região há muito tempo. Por serem áreas com população maior, as regiões metropolitanas conseguem financiamentos que os municípios não teriam individualmente", explicou um deles.
Ainda de acordo com o deputado, com a implantação da região metropolitana os pequenos municípios passam a ter mais oportunidades e a desigualdade entre as cidades tende a diminuir. Ainda na justificativa do projeto, os parlamentares destacam que a região de Cornélio tem uma vida econômica e social interligada, com a presença de universidades, faculdades, cooperativas, indústrias, serviço e comércio.
Para o deputado, nem mesmo a publicação do Estatuto das Metrópoles (lei nº 13.089) no início do ano e que estabelece uma série de ações de planejamento, gestão e execução para organizar a composição de uma região metropolitana, deve dificultar o andamento do projeto na Casa. "Todas as variáveis do estatuto serão levadas em conta", afirmou.
Na prática, entretanto, nem mesmo as regiões metropolitanas já instituídas, como Londrina e Maringá, por exemplo, estão conseguindo cumprir alguns dos itens do estatuto, como a criação de do Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado (PDUI) no prazo de três anos, prevendo a contemplação de investimento para áreas como saúde, mobilidade urbana e desenvolvimento industrial.
Conforme o projeto, a Região Metropolitana de Cornélio Procópio deve ser constituída pelos municípios de Cornélio Procópio, Bandeirantes, Congonhinhas, Itambaracá, Leópolis, Nova América da Colina, Nova Fátima, Nova Santa Bárbara, Santa Amélia, Santa Cecília do Pavão, Santa Mariana, Santo Antônio do Paraíso, São Jerônimo da Serra, São Sebastião da Amoreira, Sapopema, Rancho Alegre, Sertaneja e Uraí (as três últimas integram hoje a Região Metropolitana de Londrina).
Uma das consequências diretas na criação da RMCP será a aprovação de pelo menos outras quatro regiões metropolitanas no Estado. Tais mensagens estão com o trâmite travado na Assembleia Legislativa desde o início do ano e preveem a oficialização das regiões metropolitanas de Foz do Iguaçu, Pato Branco, Francisco Beltrão e Cianorte. "Provavelmente, estes projetos voltarão a tramitar", indicou o deputado.
Atualmente, o Paraná possui oito regiões metropolitanas instituídas por lei: Curitiba, Londrina, Maringá, Umuarama, Toledo, Campo Mourão, Cascavel e Apucarana. Juntas, elas somam 193 municípios, quase metade do total do Estado (399). Caso as cinco propostas tenham sucesso no Legislativo, outras 77 cidades vão passar a compor regiões metropolitanas. Isso significa que 270 municípios, ou 67% do total, estarão inseridos nestas aglomerações.(Reportagem de Rubens Chueire Jr. Para a Folha de Londrina/ Foto retirada da Internet)
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