
A alta mais expressiva foi da batata, 18%. A banana subiu 16% e a margarina está 14% mais cara. A carne – produto mais caro da cesta – subiu 4,4%. Houve deflação do leite (-9,6%) e da farinha de trigo (-2,8%).
Apesar do aumento de um mês para outro, na média anual a inflação nos supermercados é de pouco mais de um ponto porcentual. Em relação a janeiro a cesta básica está 1,25% mais cara, índice bem abaixo da inflação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) que de janeiro a setembro acumulou alta de 8,23%.
Segundo o professor Marcos Rambalducci – um dos coordenadores da pesquisa – o índice abaixo da inflação acumulada do ano é reflexo do comportamento dos donos de supermercados que observaram “queda no faturamento por conta do empobrecimento da população” e estão tentando manter os preços.
Segundo dados da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), em setembro a queda de faturamento do setor foi de 3,94% em relação ao mês anterior. Na comparação com setembro de 2014, a queda é de 3,11%.
O professor acredita que a diminuição das compras dos consumidores deve provocar estabilização dos preços dos produtos da cesta. “Em janeiro de 2015 tivemos uma alta muito expressiva, não existe demanda para sustentar aumento nos próximos meses”, explica.
O resultado da pesquisa contrasta com a percepção da dona de casa Beatriz Alves Ferreira. Para a dona de casa, os preços estão “absurdos”. “Parece que toda semana tem aumento, principalmente de carnes e legumes”, reclama.
Para tentar fazer economia a dona de casa pesquisa preço e tenta fazer as compras em dia de oferta.
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