O Juízo da Vara Criminal de Fazenda Rio Grande, na região metropolitana de Curitiba, acatou na última semana denúncia oferecida pelo Gaeco de Curitiba contra um policial militar e outras duas pessoas que tentaram matar um rapaz por motivo fútil. A denúncia decorre da Operação Borderline, deflagrada em dezembro do ano passado, em conjunto com a Corregedoria da Polícia Militar, ocasião em que foram cumpridos mandados de prisão temporária contra os três, de busca e apreensão e de condução coercitiva.Na ação penal, o Gaeco relata que, em 2014, o policial militar, por achar que o rapaz teria se envolvido ou teria a intenção de se envolver com a sua namorada, passou a persegui-lo, chegando a contratar, por intermédio de um colega, um "matador" por R$ 1 mil.
Em conjunto, eles atearam foto no carro do rapaz, em uma residência no bairro Iguaçu, em Fazenda Rio Grande, dispararam contra o pai da vítima, que ouviu o barulho e saiu na janela para ver o que estava ocorrendo, e depois perseguiram o rapaz por meses, inclusive em seu local de trabalho. Em uma das perseguições, o homem contratado para matá-lo chegou a acertar um disparo nas costas da vítima, que conseguiu fugir.
O Gaeco denunciou os três pela prática de dois homicídios tentados e um dano qualificado. Ao receber a denúncia, o Juízo determinou a conversão da prisão dos acusados de temporária (que venceria nos próximos dias), para preventiva. Apenas o mediador do esquema responderá em liberdade. O policial está detido no Batalhão de Polícia de Guarda (BPGD), em Piraquara, e o autor dos disparos está preso na Casa de Custódia de Piraquara (CCP).
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