
O risco mais elevado gira em torno do segmento que beneficia a população de renda mais baixa: a faixa 1. Os executivos consultados pelo Broadcast (serviço de notícias em tempo real da Agência Estado), que preferiram não se identificar, afirmam que, no caso de mudança de governo, é quase certo que o ano de 2016 não contará com o início de novas obras. A preocupação maior, no entanto, é que o segmento seja paralisado "por tempo indeterminado", após a conclusão dos empreendimentos que já foram contratados.
A faixa 1 do programa é aquela com maior carga de subsídios e, por isso, um eventual esforço de ajuste fiscal pode resultar em corte desses "gastos". "Faixa 1 é risco total, porque é muito oneroso para o governo. Se tiver uma troca de governo, deve ser o primeiro do programa a ter orçamento cortado", diz uma fonte. "Mas esperamos que seja retomado quando o governo tiver mais capital, pois é justamente na faixa 1 que há grande parte do déficit habitacional no Brasil", acrescenta.
Mesmo se o governo Dilma continuar no poder, e tentar contratar novas obras em 2016, a dúvida do setor é sobre o atingimento de metas. "Esse governo se acostumou a colocar objetivos que não podem ser atingidos", aponta outro empresário que também atua em baixa renda, ao lembrar que a faixa 1 sofreu com atrasos de pagamentos às empresas em 2015.
Por enquanto, o atual vice-presidente Michel Temer (PMDB), que deve assumir o Planalto no caso de impeachment, afirmou recentemente que vai dar continuidade a programas sociais, como Bolsa Família, Pronatec, Fies e Prouni.
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