quinta-feira, 30 de junho de 2016

Grupo de Londrina ajudava a escoar R$ 96 milhões em cocaína por mês

Divulgação/Polícia FederalDivulgação/Polícia Federal - A 1,4 tonelada de cocaína apreendida em Corumbá (MS) nesta quarta.Deflagrada pela Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira (29), a conclusão da operação Quijarro desmantelou uma organização criminosa responsável pelo tráfico de duas toneladas de cocaína boliviana por mês. Sediada em Londrina, uma das quadrilhas investigadas tinha como função transportar parte da droga de Corumbá (MS) a Vinhedo (SP). De lá, o entorpecente era distribuído por São Paulo. No total, a PF cumpriu 81 mandados judiciais nos estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná, sendo 12 de prisão preventiva - dois deles em Londrina, onde também foram apreendidos 30 pinos de cocaína. Duas pessoas estão foragidas, uma da capital paulista e outra de Presidente Prudente (SP). Os nomes dos detidos não foram divulgados.

Chefe da operação, o delegado Elvis Aparecido Secco explicou a função do grupo fixado em Londrina. "Os integrantes desta quadrilha moravam nos estados abrangidos pela operação, mas o líder e seu principal comparsa viviam em Londrina e foram presos hoje. Também apreendemos 14 carretas utilizadas para buscar a cocaína em Corumbá e levá-la a Vinhedo. O curioso é que estes caminhões estavam registrados no nome de parentes e amigos", afirmou em entrevista coletiva concedida à imprensa na delegacia da PF em Londrina.

Desde o seu início, há aproximadamente um ano e seis meses, a Quijarro já apreendeu quatro toneladas de cocaína - 1,4 apenas nesta quarta, em Corumbá, configurando a terceira maior apreensão da droga na história do país. Considerada a melhor do mundo (com 99% de pureza), a cocaína boliviana tinha, além do mercado paulista, a Espanha como destino final. Por lá, era comercializada a 15 mil dólares por quilograma (atualmente, cerca de R$ 48 mil). A parte destinada à Europa era transportada de Corumbá ao porto de Santos por outro grupo logístico, este sediado em Martinópolis (SP).
Para Secco, a Quijarro tem como maior mérito a prisão do núcleo fornecedor, capitaneado por um casal boliviano - dono, via um laranja, da chácara de Vinhedo utilizada como entreposto. "Eles já estavam foragidos da Bolívia, conseguimos localizá-los e os deportamos. Chegando à fronteira, eles foram presos pela polícia boliviana. Também repassamos informações às autoridades espanholas para que elas consigam rastrear o dinheiro do grupo, uma vez que acreditamos que boa parte dos recursos obtidos pelo tráfico vinha ficando em território europeu, em contas administradas por um parente da mulher. No Brasil e na Bolívia, nos foi possível sequestrar pelo menos uma dezena de imóveis registrados no nome de laranjas e 10 milhões de dólares em patrimônio, o que é pouco perto do volume gerado por eles. Nosso objetivo é sempre destruir o patrimônio da organização criminosa para neutralizá-la definitivamente", explicou.

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