quinta-feira, 30 de junho de 2016

Proibida venda e consumo de ostras e mariscos produzidos no Paraná

Arnaldo Alves/ANPrO Governo do Estado determinou nesta quarta-feira (29) a suspensão preventiva do cultivo, extração, pesca, venda e consumo de todos os moluscos bivalves procedentes do litoral paranaense. A medida vale apenas para ostras, mexilhões/mariscos, berbigões e vieiras e não atinge peixes, camarões e outros frutos do mar.

O motivo é a confirmação da ocorrência do fenômeno "maré vermelha" nas baías de Paranaguá e Guaratuba, o que aumenta o risco de contaminação generalizada desses frutos do mar. A decisão foi tomada pelas equipes da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa) e da Secretaria Estadual da Agricultura e Abastecimento (Seab), após laudo laboratorial que confirmou a presença de microalgas e toxinas nocivas à saúde humana em amostras de água e ostras.

"Trata-se de uma medida cautelar para evitar maiores problemas de saúde pública. Até o momento, não temos registro de casos de intoxicação alimentar relacionado a este fato, mas estamos acompanhando de perto para avaliar qualquer tipo de notificação", afirmou a superintendente de Vigilância em Saúde, Cleide de Oliveira.
Maré vermelha

A maré vermelha se caracteriza pela concentração de algas que liberam toxinas no meio aquático. Essas substâncias são prejudiciais à saúde, podendo causar episódios de diarreia, vômito e dor abdominal. A intoxicação se dá através do consumo de animais marinhos contaminados, em especial os moluscos bivalves, considerados filtradores do mar.

O chefe do Centro Estadual de Vigilância Sanitária, Paulo Costa Santana, explica que a partir desta quarta-feira o Estado vai promover ações educativas para informar o comércio e a população sobre a medida, sobretudo no Litoral do Estado.

"Nossas equipes irão a restaurantes, mercados, peixarias, feiras-livres e demais estabelecimentos para explicar sobre a proibição. Além disso, as ostras e demais moluscos interditados serão retirados do comércio e inutilizados", informou Santana.

A orientação é que o consumidor fique atento e busque informações sobre a procedência dos frutos do mar que pretende adquirir. "É importante saber de onde veio cada produto, pois a proibição só vale para ostras e demais molucos bivalves oriundos do nosso Litoral", afirmou.

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