Segundo informações do Gaeco, o proprietário do escritório Cantoni Revisões, o bacharel em Direito Márcio Rodrigo Cantoni está sendo procurado em seus endereços profissionais e domiciliares. Contra ele há um mandado de prisão preventiva.
No escritório de Cantoni, o Gaeco apreendeu duas armas. Os policiais também devem cumprir outros dez mandados de busca e apreensão de documentos e computadores nesta segunda-feira. O objetivo é encontrar evidências das fraudes supostamente cometidas pelo escritório.
Segundo o promotor Jorge Barreto, coordenador do Gaeco em Londrina, a fraude se dava de duas maneiras: na primeira, as vítimas de acidentes eram procuradas por advogados vinculados à Cantoni Revisões, que obtinham procurações. Quando os recursos do DPVAT eram liberados, o dinheiro ia para o escritório e não era repassado aos beneficiários.
Na outra frente, a empresa usava o nome de pessoas acidentadas para conseguir a liberação do seguro, sem sequer comunicar os beneficiários da existência das ações indenizatórias. Além do desvio do dinheiro, existe, para estes casos, a suspeita de falsificação de documentos.
Ainda conforme Barreto, a operação desta segunda-feira apura fraudes que teriam sido cometidas nos anos de 2008 e 2009. O volume desviado dos beneficiários e o número de pessoas lesadas ainda não foram divulgados pelo Gaeco.
Em 2012, o escritório já havia sido acionado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) por exercício ilegal da advocacia. Proprietário da empresa, Márcio Rodrigo Cantoni não possui registro na OAB.
Defesa
O advogado de Cantoni, Josafar Augusto da Silva Guimarães, explicou que o cliente dele não está foragido, mas sim em viagem pelos Estados Unidos há pelo menos dez dias. Guimarães informou que irá se pronunciar sobre o caso quando receber a documentação do Ministério Público, mas adiantou que as denúncias feitas contra Cantoni não são verdadeiras.
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