segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Retomada das aulas na UEL ainda é incerta nos departamentos ocupados

Anderson Coelho/Grupo FolhaMesmo com o fim da greve de servidores e professores da Universidade Estadual de Londrina (UEL), aprovada na noite de sexta-feira (4), o retorno às aulas, agendado para a próxima terça-feira (8), ainda é incerto nos departamentos ocupados por universitários. O Sindicato dos Servidores Técnicos Administrativos da Universidade Estadual de Londrina (Assuel) declara apoio ao movimento e o Sindicato dos Professores de Ensino Superior de Londrina (Sindiprol/Aduel) decidiu que os docentes terão autonomia para definir se haverá e como serão ministradas as aulas. Já o Comando de Greve Estudantil da UEL garante que a paralisação continua e adianta que haverá resistência em caso de retomada dos trabalhos nos locais ocupados.
A reitora da UEL, Berenice Jordão, afirma que a ocupação da reitoria, ocorrida na noite desta sexta-feira (4), não atrapalhará a volta às aulas. "As providências que passam pelo gabinete vão ficar prejudicadas, inclusive questões financeiras e a vida jurídica da UEL, porque a procuradoria jurídica da universidade fica dentro do gabinete. Mas nos centros de estudos o retorno deve acontecer normalmente", explica. 

Além da reitoria, estão ocupados os departamentos dos cursos de Artes Cênicas, Artes Visuais, Música, Pedagogia, Design Gráfico e Moda no Centro de Educação, Comunicação e Artes (Ceca). A rádio UEL FM também está ocupada desde a última quarta-feira (2) por estudantes de Comunicação Social. 

De acordo com o presidente da Assuel, Marcelo Seabra, os servidores apoiam o movimento dos estudantes por entenderem que as solicitações são legítimas. "Eles têm de ser ouvidos e o protesto deles é a única forma de chamar a atenção", diz. Por isso, a retomada dos trabalhos vai depender da disponibilidade em cada departamento. "Onde não for possível (retornar), vamos respeitar." 

O Sindiprol/Aduel, em nota publicada no Facebook, explicita que a assembleia de docentes "defende a autonomia do movimento estudantil e suas formas de organização", "rejeita a criminalização do movimento, qualquer repressão e punição dos estudantes" e "repudia a postura da reitoria de judicializar a ocupação da rádio". O presidente do sindicato, Renato Barbosa, diz que a categoria só retorna às atividades na terça-feira para ter tempo de definir com os estudantes que ocupam departamentos como será a dinâmica nestes locais. "A pauta deles é diferente das nossas, mas eles só conseguem ter espaço impedindo o acesso dos professores", avalia. 

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