Depois da instituição da Audiência de Custódia, a segurança na cidade piorou muito e a polícia vem "enxugando gelo".
Em Cornélio Procópio, moradores do Jardim Bandeirantes pediram espaço para expressar sua preocupação com o excesso de crimes contra o patrimônio que vêm ocorrendo sistematicamente naquela região da cidade.
Em entrevista, o líder comunitário e comerciante Reginaldo Rodrigues, informou que os contribuintes não têm mais sossego nem mesmo durante o dia. "São inúmeros furtos contra residência e até mesmo assaltos, fazendo parte de uma triste rotina de insegurança no bairro", reclamou.
Reginaldo, que foi um dos fundadores do Conselho Comunitário de Segurança na cidade e cita a falta de iluminação na região do cemitério, as condições da antiga sede da Ação Social (foto), destruída pelo incêndio em 2014 e o abandono do poder público.
O local vem sendo usado como abrigo e esconderijo de ladrões. "Todo aquele abandono sem iluminação está servindo aos furtadores e assaltantes e os moradores não aguentam mais". Disse.
Rodrigues lembra que, o pior aspecto a favor dos bandidos é a impunidade. "A polícia vem enxugando gelo em Cornélio Procópio. Eles até fazem um bom trabalho, mas os bandidos se aproveitam das audiências de custódia e voltam sistematicamente para as ruas".
A audiência de custódia é o instrumento processual que determina que todo preso em flagrante deve ser levado à presença da autoridade judicial, no prazo de 24 horas, para que esta avalie a legalidade e necessidade de manutenção da prisão.
Com este novo mecanismo, instituído pelo CNJ em 2015, e em vigor desde janeiro de 2016, a situação da segurança pública na cidade vem piorando a cada dia e segundo Rodrigues, os próprios policiais reclamam veladamente; "a polícia enxuga gelo", frisou o comerciante.
Reginaldo marcou uma reunião comunitária no Jardim Bandeirantes dia 20 deste mês para traçar estratégia de segurança com os demais moradores. "Sou cidadão, quero o cumprimento da lei, mas precisamos melhorar os critérios nestas audiências de custódia, pois a coisa piorou em vez de melhorar". Encerrou.
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