quarta-feira, 26 de abril de 2017

POLÍCIA CIVIL ACUSA EX-PREFEITO DE CAMBARÁ DE ENVOLVIMENTO EM FRAUDES

O ex-prefeito de Cambará, João Mattar Olivato (fotos) tem sofrido uma série de derrotas impostas pela realidade.Agora, está envolvido num escândalo criminoso. Dois mandados de busca foram cumpridos em Curitiba e Londrina.Os alvos são um empresário e um ex-diretor municipal de Obras, ambos suspeitos de associação criminosa, corrupção passiva e ativa, fraude a licitação e crime de responsabilidade com objetivo de desvio de recursos públicos.

A Polícia Civil do Paraná divulgou nesta quarta-feira, dia 26, a deflagração na terça da “Operação Campo Limpo”, que investiga fraudes na prefeitura cambaraense.

Os réus são o ex-chefe do executivo, servidores e empresários para apurar a contratação indevida – por intermédio das dispensas de licitações – para serviços de limpeza, roçagem e manutenção de vias públicas/terrenos no município.

O Nurce (Núcleo de Repressão aos Crimes Econômicos) da Polícia Civil é quem comanda a iniciativa, que envergonha a população cambaraense.

Há indícios de conivência e pagamento de propina ao ex-prefeito, informou a PC.

Eles são suspeitos de associação criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva, fraude a licitação e crime de responsabilidade com objetivo de desvio de recursos públicos. A investigação está baseada em uma Ação Civil Pública ajuizada pelo Ministério Público da Comarca de Cambará.


“Para dispensa de licitação, obrigatoriamente eles precisavam arrecadar três orçamentos. Ocorre que esse era um jogo de cartas marcadas e as investigações revelaram que todos os orçamentos foram feitos pela mesma pessoa investigada, uma vez que conseguimos identificar os proprietários das demais empresas que supostamente teriam participado e ambos ficaram surpresos ao saber do ocorrido, uma vez que não encaminharam os orçamentos. Essas pessoas haviam trabalhado anteriormente com o investigado e tiveram seus dados usados da fraude”, explicou o delegado Renato Figueiroa, do Nurce.

Foi apurado também que os serviços contratados de manutenção seriam destinados uma área inicial de 400 mil m². No entanto, foi autorizado o pagamento para empresa, por ordem direta do prefeito de 516 mil m², mesmo com apenas 373 mil m² dos serviços efetivamente realizados. Há também indícios de que parte dos trabalhos foram feitos em áreas particulares.

Sumiu o processo na prefeitura, um fato gravíssimo que obviamente demandaria providências por parte da gestão municipal, mas que não ocorreu, fortalecendo assim os indícios de conivência por parte da administração pública”
Durante as investigações também surgiu a denúncia de que a empresa contratada fraudulentamente teria pago R$ 5 mil para a esposa do ex-prefeito.

O ex-secretário investigado também é acusado ter sumido com o processo que dispensou da licitação. “Um fato gravíssimo que obviamente demandaria providências por parte da gestão municipal, mas que não ocorreu. Fortalecendo assim os indícios de conivência por parte da administração pública”, acrescentou o delegado.

Mais detalhes do andamento da operação e sobre a situação dos suspeitos serão divulgados em entrevista coletiva da Secretaria de segurança Pública nesta quarta-feira.

Por telefone, João Mattar,que está em Brasília, se disse inocente e alegou nunca ter participado pessoalmente das licitações e defendeu ainda a esposa, Edilaine Polizel Olivato. Afirma que tudo é inverdade.

Também criticou o npdiario por expor  na capa da matéria a imagem de sua mulher e enfatizou que ambos não foram condenados.

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