terça-feira, 11 de julho de 2017

Prefeitura diz que não houve falha na avaliação médica de paciente que morreu em UPA de Curitiba

Prefeitura de Curitiba afirmou, nesta segunda-feira (10), que não houve falha na avaliação médica do paciente Marcos Rogério Ferreira, que morreu enquanto aguardava por atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Fazendinha, em Curitiba, no sábado (8).
"Não existem indícios até a segunda ordem, do levantamento que nós fizemos até o presente momento, que tenha havido falha no processo de avaliação. De toda forma, nós adotamos um processo de investigação para todos os eventos como esse e outros eventos que nós chamamos de eventos adversos, que acontecem nas nossas unidades, tentando identificar todas as possíveis falhas que tenha acontecido", disse o diretor do departamento de urgência e emergência Vinicius Filipak.
O caso também está sendo investigado pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR).
De acordo com parentes da vítima, Marcos Rogério Ferreira, que tinha 58 anos, deu entrada durante a tarde, com dores no estômago.
Na triagem, ele foi classificado com a cor verde, que é associada a casos pouco urgentes. Enquanto esperava atendimento, o quadro dele piorou, e os familiares pediram ajuda aos enfermeiros. Porém, ele só foi atendido depois de sofrer uma parada cardíaca.
A manicure Jussara Ferreira, irmã de Marcos Rogério, chegou a discutir e até agredir enfermeiros. Ela foi retirada do local por guardas municipais.
"Eu implorei para a enfermeira. Ela viu eu andando com ele pra lá e pra cá. Pedindo pra ela: 'por favor, atenda o meu irmão, ele não está se sentindo bem'", contou Jussara.
Conforme a manicure, a enfermeira disse que era preciso esperar. "O esperar deu nisso: meu irmão está morto", afirmou.
A UPA Fazendinha estava cheia no sábado, e o tempo de espera chegou a quase seis horas, segundo os pacientes. Já de acordo com a prefeitura, o tempo médio de espera para atendimento – para casos não urgentes –, na tarde de sábado, era de duas horas.

Marcos Rogério Ferreira foi velado na manhã desta segunda-feira (10). "A sensação é de revolta, muito descaso no 24 horas. A revolta está muito grande. Está difícil de aceitar. A gente não vai deixar quieto isso, porque hoje foi o meu tio, mas amanhã pode ser uma mãe, pode ser um irmão, outra pessoa que vai e fica tudo por isso mesmo", disse Alessandra Mara Cordeiro, sobrinha da vítima.
Quer saber mais notícias do estado? Acesse o G1 Paraná.

Nenhum comentário:

Postar um comentário