Cadeia de Almirante Tamandaré começa a ser destruída após ordem judicial

As celas da cadeia pública de Almirante Tamandaré, na Região Metropolitana de Curitiba, começaram a ser destruídas nesta quarta-feira (4).
A retirada das grades cumpre ordem judicial da Vara Correicional dos Presídios, que também proíbe a entrada de novos presos na unidade policial, anexa à delegacia. Os 34 presos que lá estão, conforme a decisão, devem ser transferidos.
“Continuamos esperando que o Departamento Penitenciário transfira os presos que aqui ainda se encontram. Tão logo isso ocorra vamos desativar esse espaço definitivamente e transformá-lo em um setor de investigação, que se dedique ao atendimento do cidadão de Almirante Tamandaré e Campo Magro, e não à custódia ilegal de presos”, explicou o delegado Tito Barrichelo.
A decisão da juíza Inês Marchalek Zarpelon, publicada no dia 28 de setembro, fixou multa diária de R$ 5 mil ao presidente do Departamento Penitenciário caso a remoção dos presos não fosse feita. O prazo para cumprimento expirou no sábado (30) e o governo ainda não cumpriu a decisão.
Diretores da Associação dos Delegados de Polícia Civil (Adepol) acompanharam a ação. “Pedimos que governo do estado cumpra a decisão judicial, já que a promessa feita em 2010, de abrir sete mil novas vagas nos presídios, ele não realizou e sequer saiu do papel”, apontou o diretor jurídico da entidade, Pedro Filipe de Andrade.
A Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná (Sesp) disse que recebeu a decisão judicial e já encaminhou para a Direção da Polícia Civil e do Departamento Penitenciário para as providências cabíveis.
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